Defining Boogie: "An embarrassing dance your parents do when they're drunk."
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Tenho a certeza de que tinha algo, Hoje, a dizer. Vão-se, com a tristeza em prantos de esquecimento, as memórias de um silencio à muito perdido. Ficou a presença de um nada sempre esquecido sem ilhas de felicidade, agora naufragadas. Sem a esperança para todo para todo o sempre de serem descobertas.... Quanto mais lembradas!
Sem memória de mim. Resguardo o tempo da vida que se força a esquecer de si mesmo. De olhos pesados e corpo cansado amanso o passado para de sono ao de leve lembrado, ir comigo aos tempos do tempo vivido.
Já não sei se me esqueci se tinha algo Hoje a dizer.
"It's a funny thing about comin' home. Looks the same, smells the same, feels the same. You'll realize what's changed is you." The Curious Case of Benjamin Button.
É estranho voltar a casa depois de tudo o que se passou, é estranho acordar ao meio dia para almoçar com a boca a saber a papel, é tudo igual ao que era quando tinha 5 ou 10 anos... Mas diferente...
Aonde ja estive, aonde ja estivemos... Tudo funcionava numa monotonia estranha, onde qualquer um dos monótonos crepúsculos eram diferentes uns dos outros, onde o cansaço não tinha o cheiro impregnado do tédio. O frio sabe a frio, o calor sabe a calor, mas ao voltar tudo sabe ao indesejável, ao desconfortável, o descanso mata o pensamento e tolda-nos a divagação para noites perdidas de insónia... No outro mundo lá fora dormíamos mal e mal acompanhados, mas mesmo assim descansávamos mais numa hora do que uma semana em lençóis caseiros.
Tenta escrever aqui sentado no teu sofá, verás facilmente a diferença que um banco desconfortavel do autocarro, comboio ou praia te irá dar uma fluidez mental sobre a tua vida e o destino. O Destino precisa de fluir para lhe tocares e aprenderes o seu pensar... o teu.
Voltar a casa por um breve desejo de reencontrar o passado, breve, não mais que o tempo de uma mala desfeita e feita, não mais que um banho e um beijo a família e conhecidos. Temos que voltar a partir para os desconhecidos e nada familiares paragens. Antes que as recordações perdidas nas gavetas se percam no pó e nós nos misturemos com elas.
Regressar a casa ao local que nos viu nascer e não conseguir ser o mesmo de quando partimos...
Ver uma incrível beleza, num local tão simples.
Conseguir Captar Aquilo que realmente estamos a ver.
Tirar fotos a estranhos de situações estranhas =)
Ver uma paisagem sempre desdenhada, mas...
Fugir da lua oferecida...
Um recordar ao sofrimento...
A chegada esperada do descanso a uma directa.
Voltar a casa nunca é o mesmo depois de partir. Prefiro viajar até não ter mais forças para me separar do pó das recordações Viajar, passear, perder-me, conhecer-me. Conhecer-te. E ficar aqui no passado quando já não tiver mais forças para criar o futuro. Até-la... tenho horror aos escapes da minha memória. Entretanto vou vivendo o máximo para que, o quer que seja de que me lembre, será fenomenal.