oh sim perdi,
a alma, minha alma.
Aquela dor, a mais temida,
hoje se lamenta como esquecida.
Vais e amas,
sentes e beijas.
Respiras por liberdade.
Sentes o querer
Do Minotauro te libertas,
hoje és dona de ti.
Livre.
Tu, que sempre de labirinto atrás,
trazes hoje o viver de frente,
vives contente.
Quem sente não mente,
Não raciocina ou chora.
Temos agora já tarde o nosso amor em demora.
Tanto fomos,
que hoje não somos.
A cada galho um novo fruto,
nova semente,
pelas que secaram se enraíze uma nova.
Nunca tememos o medo que era não sermos
Amo-te como sempre amei o que nunca tive.
Faz de ti nova rainha e rei,
Nova vida que passou,
o que te dei e nunca em viver nos alcançou.
Ama e sente,
já que sem ver,
nos apareceu a vida pela frente.
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