segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Solarenga Maldição


Á nostalgia de um tempo passado,
de horizontes ofuscados, e infantilizados
junta-se
o inevitável.

O medo.

As memórias. Não passam disso mesmo, e
a luz torna-se cada vez mais forte,
as ideias ficam mais claras,
o mundo é decifrado ...

O medo.

O sol que espreita por entre as nuvens,
dita hora de conhecer..
a verdade.
mesmo que a alma,
esta consiga fazer morrer!


O medo,
a morte do artista!


By: X.y.u











2 comentários:

Unknown disse...

acho q o medo rege o ser humano... ha sempre um medo por tras de cada gesto... mas é o enfrentar esse medo q nos torna mais preparados para o futuro...

medo.. ate tenho medo da propria palavras - medo...

medo de quê?

até breve

T.Poeta disse...

O medo.

Das noites. Do que ela traz consigo, nas costas do silêncio

na base da escuridão.

O medo. De cair no precipício defunto da solidão, tantas vezes submetidos ao ínfimo pormenor sem retorno.

Ter Medo. Não conhecer o que nos foge. Não perceber

o que nos reprime.

Retratos do medo. A ideia de nostalgia, a reflexão e o impulso

de escrever a palavra - medo.

Como? de que textura ou senão?

Temor, sinónimo etimológico em si mesmo.

E ainda assim - medo.

De falhar. De errar

de perecer na morte do artista, com

medo.

Simultaneamente, uma sensação de medo do dia.

Da luz. Da luminosidade. Da tentativa visível que contorna todos as linhas rabiscadas na sombra individual.

Medo de tudo.
Simplesmente,

sem meios medos, medo

total e absoluto.

Caligrafia dantesca a perpetuar no âmago duma bravura ordenada.

Para o X.Y.U

este nexo mental, dactilografado pelos dedos destas mãos que sangram e rejubilam,

ao mínimo e mais infindo

[...] entre medos e afirmações.

- a prosa e a poesia fundem-se no metal orgânico do sensível.


O meu abraço.