segunda-feira, 21 de maio de 2007

1 café


A ruiva entra sabe-se lá de onde.
(Ruiva) Então de que falam vocês?
(Acastanhado) Falamos sobre algo que tem afectado a mente deste nosso amigo.
(Eu) Sim são problemas que me aparecem quando estou com uma pessoa recente fico a pensar se não será isto que ela está a fazer melhor que a anterior, Será

que ela gosta tanto disto como da outra? Se lhe devo tocar da mesma forma que a outra?
(R) Ó...vocês rapazes...
(A) O quê tudo não fazes isso?
(R) Eu por exemplo reparo que metes-te a pensar ou...hesitar quando estamos intímos, Provavelmente andas a petiscar por fora com alguma Morena...ou até

talvez Loira...(bebeu um pouco de café e riu-se...)
(A) Loiras e Morenas á parte... Estava a explicar-lhe que todos nós eventualmente pensamos numa pessoa quando estamos com ela, Mas tudo isso tem um certo

propósito, Tem o propósito de termos aprendido algo, O propósito de sabermos o que fazemos baseando-nos em algo por que ja passamos.
(R) Não estou de acordo, Tu passas-te por muito, Sentiste-me muita coisa, E eventualmente podes pensar nesta ou naquela pessoa quando estás comigo,

Mas...Quando estás comigo deves estar concentrado naquilo que estás a fazer, Na maneira como me tocas na maneira como me olhas enfim...Tu deves tomar atenção

áquilo que sentes para comigo.
(A) Tens uma certa razão.
(EU) Mas tendo em conta aquilo que ele disse...Para que serviu aquilo porque ja passámos?
(R) Basicamente serviu para agires sem hesitares, Para actuares ja sabendo, Tu depois de aprenderes a andar não pensas sobre isso.
(EU) Então e o desconfiar de outra pessoa? Dar-lhe confiança? Deixar de confiar nela... Quando ela faz isto... Lembro-me da outra...Porquê?
(R) Tu so te podes lembrar da outra porque tens medo que te aconteça... Se agires descontraido sem pensar no passado actuando para com o presente, Vais ver

que tudo aquilo porque tas a passar presentemente te vai fazer esquecer o passado.
(A) Quer dizer então que todo o empirismo dele não serve para nada?
(R) Serve... mas ele vem instintivamente.
(Eu) Qual é o meu papel no meio disto tudo?
(R) O teu papel é olhar para ela como olhas para qualquer um, para ele... ou..para mim...seja quem for.. Olhas um café e sabes que é um café, Não vais pensar

que devido a todos os cafés anteriores com falta de açucar ou com que te queimas-te este vai ser igual.
(Eu) Humm...
(R) Entendes agora?
...
...
...
Acendi um cigarro acordando desta conversa sozinho...
E reparo em mim que tenho o café frio...de tanto tempo olhando-o hesitando.
Olho em roda...
Atrás de mim a televisão com os mesmos videoclips de sempre...
Á porta vem esta rapariga que espero...
Decido olhar para ela...
Olho...simplesmente isso!
Ela acena-me e dirige-se ao balcão, pede um café enquanto ajeita o seu cabelo ruivo por trás da maquina dos cafés.

Equanto isso olho para ela...
E penso...Tenho que arranjar consciencias um pouco mais simplistas...e...talvez com um pouco mais de pontuação

domingo, 20 de maio de 2007

2 Cafés

Equanto o meu amigo vai buscar os cafés, fico a olhar em minha roda neste snack bar cheio de gente.Há dias que não nos viamos e estavamos os dois já desejosos de ter uma boa conversa entre cafés e cigarros.
Ele está a pedir o café ao balcão de costas voltadas para mim, enquanto ele espera que o café seja tirado admira o seu pentiado acastanhado verificando alguma falha fora do comum, tudo isto é observado por ele no espelho que está do outro lado do balcão. Quanto a mim, viro-lhe as costas habituado ao seu excesso de zelo pelo pentiado e vejo o que passa na televisão, são só videoclips que passam num canal de musica que tantas vezes repete por aqui.

Ele chega com os dois cafés, um em cada mão, deixa-os com cuidado e confiança em cima da mesa e cada um acende um cigarro.
Eu acendo a minha marca sempre predilecta, e ele o tabaco mais barato que lhe satisfaz o vício.

Então conta-me la, diz o cabelo acastanhado meu amigo.
Pá, não sei, diz-me tu.
Porra disses-te que querias beber um café e deixei de ir ter com a morena pa vir aqui ter contigo.
Sim tens razão, sabes como é...Tu entre tantas namoradas nunca... pensaste noutra enquato estavas com outras?
Sim claro...Ri-se mexendo o cabelo.
Mas não te faz impressão estares com uma gaja de quem gostes e pensares noutra que não gostas ou doutra de quem gostaste mais?
Estás a espera do quê?
Eu estou á espera de estar com uma gaja e sentir-me bem com ela e estar a pensar nela. Não estou para estar a pensar noutra a quem fiz isto ou a quem fiz aquilo.
Queres então dizer que enquanto estás agora esta, pensas na outra já de há tanto tempo?
Sim isso acontece-me um bocado, são os beijos os olhares as conversas o toque...
Entendo-te...
Entendes?
Sim claro, mas se estás à espera de esquecer aquela ou a outra então bem podes limpar as mãos á parede.
Então? Porquê? Não me digas que enquanto estás em cima da morena pensas na loira? Ou...na conversa que tiveste com a tua ex?
Claro...
Pá mas como consegues?
É assim... Todas as conversas que tive com a minha ex a loira a morena e a ruiva...
A ruiva?
Sim é recente depois conto..
Ok...
Todas as conversas que tive com a minha ex o sexo o toque tudo isso me marcou, Cada uma foi diferente cada uma é especial, Por exemplo ao estar com a loira lembro-me de algumas coisas da morena porque a morena ensinou-me algumas coisas, como porexemplo...Sei lá...um tocar diferente.
Pá tu és diferente de mim...eu queria esquecer a minha ex não pensar nela e pensar na gaja com que estou agora.
Desiste não consegues.
Porque dizes isso?
Vê o caso da tua ex-ex.
Que tem?
Tu andaste muito mal depois daqueles "acidentes", provocados por ti, aqueles que acabaram o fim da vossa relação.
Sim e?
Então... na tua recente ex, Tu esqueceste-te daquilo que havias feito? Esqueceste-te de tudo o que tinhas feito á velha ex?
Claro que não.
Porque não?
Para não voltar a fazer o mesmo, não me voltar a sentir mal nem nada.
Então entendes agora?
Hum...Estou a ver.
Mas com as recentes raparigas? Porque queres evitar lembrar-te das velhas conversas? Porquê evitar lembrar as velhas conversas o toque o sexo e o quer que te faça lembrar as ex's da tua recente aventura?
Eu tenho algumas lembranças más... não sei, é me difícil poder confiar nesta sem pensar em tudo o que que passei com todas as outras, as más lembranças entendes?
Entendo. Então e já pensaste que se te esqueceres de não confiar nesta podes voltar a ser enganado de novo? Ja pensaste que tudo aquilo que passaste mesmo o mal e tudo isso.. apesar de mau seja uma forma de teres de enfrentar o futuro com confiança empiríca?
Olha aquela ruiva a olhar para nós...Conheces?
Sim é a minha ruiva, Espero que não te importes vem ter conosco...

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Á sombra de uma lágrima

Era uma tarde de julho, com o sol pelas 3 da tarde, não muito quente. Estava um belo dia e decidi passear pelo parque.
A brisa fresca com o calor de julho contrastavam formando um clima extremamente agradavel, o riso das crianças como som de fundo e a sombra das arvores criava um dia lindo.
Decidi sentar-me debaixo daquela arvore. Acendi um cigarro. E apreciei o que de belo tinha a vida neste dia.
Era uma tarde igualzinha á tarde onde trocamos os nossos adeus pela ultima vez. Selámos o nosso passado com um beijo do nosso velho amor e cada um seguiu a sua vida.
Esta estranha tarde quase perfeita trouxe me memórias que eu pensava ter guardado ja bem fundo.

Fechei os olhos e inspirei o fumo do cigarro. Sentia nesta combinação de sensações um cheiro ao passado, misturávamos o nosso perfume com o odor do cigarro e beijavamo-nos como se não existisse nada além de nós. Senti o teu perfume, não era só uma lembrança, esse perfume que uma vez te ofereci, envolvia-me os sentidos dava-me felicidade instantânea, tornava-me no homem mais feliz de sempre, ao fim de contas, era, ou é? Sim era uma lembrança, uma velha felicidade deixada para trás para nunca mais ser sentida.
Abri os olhos e vi-te ao fundo. Como podia ser,pensei. Passeavas pela relva de mão dada com uma criança que devia ter cerca de 3 a 4 anos, esse teu sorriso não te largava.

Passas-te por mim e reconheces-te me. Abraçamo-nos. O teu irmão sentou-se no chão divertido a brincar com a minha mala e os cadernos e livros que continha, depressa agarrou numa caneta e começou a riscar o primeiro caderno que encontrou. Ao abraçar-te pude sentir novamente esse teu perfume, esse perfume que não era só aquele que te dei, era aquele perfume teu que sempre existiu contigo, eras tu, eras o meu passado ali presente.

Trocámos olás, olhámo-nos nos olhos, e deixei de me sentir só existias tu. Os teus olhos mantinham-se, continuavam lindos, continuas na mesma, sempre foste linda, Estás melhor do que nunca, disse-te eu.
Esse teu brilho nos olhos... era o brilho que eu vi quando deixei de possuir a lua. Uma lua cheia no meio de esse lago fundo de castanho que sempre te escondeu.

Trocámos saudades, tocámos as nossas mãos uma na outra, sentimos o calor dos nossos corpos misturar-se ao toque, A tua pele continua suave!..., segredei-te eu junto ao ouvido.
Abraçámo-nos de novo e vi o sinal que tinhas junto ao pescoço, esse sinal que tantas vezes beijei e sempre te arrepiavas.

Olhamo-nos nos olhos e pude sentir a tua respiração quente que me refrescava a minha velha alma.

Beijámo-nos..., não foi de propósito, simplesmente aconteceu, esse velho passado que queriamos deixar para trás não era assim tão velho.
Tudo o que sempre fomos, tudo o que sempre fui e deixei de ser, voltou no instante em que os nossos lábios se tocaram. Teus lábios suaves emanavam esse calor forte que pensava ter perdido. Tinha voltado a ser eu mesmo. Tinha voltado a sentir o que jamais havia sentido. Esta era a tarde que tinhamos deixado para trás com um beijo de despedida, tu tinhas a tua vontade de ser tu, eu tinha a vontade de ser nós. Lembro-me de o teu irmão ser novo, tinha um inexperiente mês já vivido. Agora o teu irmão olha para nós enquanto nos abraçamos, consigo ouvi-lo a rir. Descolámos os lábios sentindo o que era nosso e olhamo-nos nos olhos, Era tão bom, disse eu. Tu olhás-te me nos olhos como tinhas olhado naquela tarde passada, levas-te o teu irmão beijas-te me na cara e foste caminhando com o teu irmão ao lado, deixei de te ver. Sais-te daquele jardim de Julho da mesma forma que tinhas saido naquela tarde á tanto tempo. Sentia o teu perfume que me envolvia sempre horas depois de me deixares. Conseguia sentir ainda o nosso velho amor nos meus lábios, conseguia sentir a tua respiração. Tinhas desaparecido mais uma vez.
Olhei as nuvens atordoado pelo que me tinha acontecido...
Voltas-te passado pouco tempo.
Trazias de novo o teu irmão já acompanhado por um gelado que se espalhava nele.
Segredas-te me ao ouvido sorrindo, Amo-te.
Sorri.
Perfeita esta tarde, esta brisa, este calor, esta sombra, a relva, as crianças a rir no parque, o repucho de água que nos refrescava só pelo seu som.
Nós juntos, esta tarde era perfeita.

Uma lágrima escorreu pela minha face abaixo.

Senti o sabor a salgado nos meus lábios.
Abri os olhos. Tu não estavas lá, sentia uma lágrima nos meus lábios, olhei em volta, só ouvia as crianças, o repucho, a brisa, e a tua ausência.
Tinha deixado o cigarro queimar sozinho.
Não estavas lá.
Tinha sonhado.
Quem ali estava era eu com a tua lembrança.
Como estarias tu? Com quem estarias? O teu irmão seria como no sonho?
Aquela tarde era igual á velha tarde em que nos despedimos, só que nao estavas lá.

Levantei-me, sacodi a relva, esfreguei os olhos. Acendi um cigarro e olhei em volta.
-Mas que belo sonho, nesta bela tarde.
Fui-me embora daquele velho jardim.
Estava atrasado para a minha vida.

....
Como os meus posts tão cada vez mais a perder o nivel...
Fico-me em standby até acordar um dia destes com uma ideia de jeito.
Por agr fica este texto velhote

Mitgefühl

Que deus?



song by: Boss Ac|Madredeus

Há perguntas que têm de ser feitas...

Quem quer que sejas, onde quer que estejas,
Diz-me se é este o mundo que desejas,
Homens rezam, acreditam, morrem por ti,
Dizem que estás em todo o lado mas não sei se já te vi,
Vejo tanta dor no mundo pergunto-me se existes,
Onde está a tua alegria neste mundo de homens tristes?
Se ensinas o bem porque é que somos maus por natureza?
Se tudo podes porque é que não vejo comida á minha mesa?
Perdoa-me as dùvidas, tenho que perguntar,
Se sou teu filho e tu amas porque é que me fazes chorar?
Ninguém tem a verdade o que sabemos são palpites
Se sangue é derramado em teu nome é porque o permites?
Se me destes olhos porque é que não vejo nada?
Se sou feito á tua imagem porque é que durmo na calçada?
Será que pedir a paz entre os homens é pedir demais?
Porque é que sou discriminado se somos todos iguais?

Porquê?!

Porquê que os Homens se comportam como irracionais?
Porquê que guerras, doenças matam cada vez mais?
Porquê que a Paz não passa de ilusão?
Como pode o Homem amar com armas na mão? Porquê?
Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas
E se eu escolher o meu caminho, será que me aceitas?
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei...
Eu acredito é na Paz e no Amor...

Por favor não deixes o mal entrar no meu coração,
Dou por mim a chamar o teu nome em horas de aflição,
Mas tens tantos nomes, és Rei de tantos tronos,
E se o Homem nasce livre porque é que é alguns são donos?
Quem inventou o ódio, quem foi que inventou a guerra?
Ás vezes acho que o inferno é um lugar aqui na Terra,
Não deixes crianças sofrer pelos adultos,
Os pecados são os mesmos o que muda são os cultos,
Dizem que ensinaste o Homem a fazer o bem,
Mas no livro que escreveste cada um só leu o que lhe convém,
Passo noites em branco quase sem dormir a pensar,
Tantas perguntas, tanta coisa por explicar,
Interrogo-me, penso no destino que me deste,
E tudo que acontece é porque tu assim quiseste,
Porque é que me pões de luto e me levas quem eu amo?
Será que essa é a justiça pela qual eu tanto reclamo?
Será que só percebemos quando chegar a nossa altura?
Se calhar desse lado está a felicidade mais pura,
Mas se nada fiz, nada tenho a temer,
A morte não me assusta o que assusta é a forma de morrer...

Porquê que os Homens se comportam como irracionais?
Porquê que guerras, doenças matam cada vez mais?
Porquê que a Paz não passa de ilusão?
Como pode o Homem amar com armas na mão? Porquê?
Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas
E se eu escolher o meu caminho, será que me aceitas?
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei...
Eu acredito é na Paz e no Amor...

Quanto mais tento aprender, mais sei que nada sei,
Quanto mais chamo o teu nome menos entendo o que te chamei!
Por mais respostas que tenha a dúvida é maior,
Quero aprender com os meus defeitos, acordar um homem melhor,
Respeito o meu próximo para que ele me respeite a mim,
Penso na origem de tudo e penso como será o fim,
A morte é o fim ou é um novo amanhecer?
Se é começar outra vez então já posso morrer...

(Ao lado ainda arde, a barca da fantasia,
o meu sonho acaba tarde,
acordar é que eu não queria...)


Bom, eu não simpatizo com hip-hop, ou pelos menos com grande parte do que é feito, mas esta mistura está demasiado inteligente. Quanto ao cantor, não conheço o seu trabalho, conheço apenas aqueles hits de verão, coisas que não aprecio. Mas agora está de parabens, a meu ver esta letra mostra a verdadeira faceta do hip-hop, a luta contra algo que está mal,e aqui algo que é impossível:O Homem embrulhado na Maldade
A resposta para as pergunta que o contar vai fazendo certamente que estarão perdidas algures por entre as tantas páginas que a biblia tem, mas a cada ano que passamos neste mundo esta crença que nos impõem, não passa mesmo de uma (des)crença! Á imagem de Deus o "Éden" seria aqui, ou não terá se terá ele enganado?
Não critico a religião, não critico as suas escrituras, apenas penso que não será correcto formar-se um ser passando-lhe a ideia de que " tudo será perfeito"...e esta letra, muito bem conseguida, mostra então que há coisas para as quais nunca iremos obter uma simples resposta. E do que nos valem simples respostas?
Apenas um pensamento..." que deus?", " se ensinas o bem porque nascemos maus?", retenham-no e comentem!
* Por mais que não simpatizem com Hip-Hop ou com Madredeus, peço-vos que façam um sacrifico e oiçam a musica,façam despertar o vosso lado mais humano, ou então, se já o tem bem disperto deiam a vossa opinião. Sejam Humanos, não quero saber do numero de comentes ou se o post tá bom ou engraçado, peço-vos, se tiverem vergonha de o fazer podem-no fazer de forma anónima, mas por favor façam-no!

By. X.Y.U

Dois vampiros perdidos no limbo.

Olho em roda e só vejo escuro...
Estou nu...
O horizonte é negro...
Não vejo nada alem do escuro...
O chão é frio...
Sinto uma brisa que passa pela minha pele nua...
Não estou dentro de uma casa...
Mas... não vejo estrelas... não ha nuvens...
Não ha a claridade da lua...

Caminho durante horas por um chão liso...e...frio...
Tenho esta sede demente...
Tenho fome...
Estou aqui à horas e horas...
Esta fome...
Não oiço o meu coração...

Avisto ao longe algo...
Brilha... e... está nua...

É linda...
A sua pele brilha por uma lua inexistente...
Está adormecida...nua..
A sua cabeça descança sobre as suas mãos cruzadas...
No seu pescoço as suas veias azuis destacam-se pulsando uma vida...fria...?
É linda...
A sua pele suave..
Ela dorme...
É perfeita...
Tenho fome...
O seu pescoço lateja...

Lanço-me ao calor que lateja naquela linha azul
O seu sangue percorre-me...
Saboreio o seu batimento...Sinto-me...vivo...
O coração para...
E...Agora...
Estou sozinho...
Escuro...estou nu...por momentos...senti-me vivo...
mas...agr...
Sinto-me nu...
...Fome...








by: Mitgefühl

terça-feira, 8 de maio de 2007

Fado de uma rua qualquer....

Sem duvida um dos melhores videoclips de sempre...
Na minha humilde opinião é claro...

A expressão deles...
Pá... a rapariga que ouve musica...
Está tudo extremamente bem composto...
enfim...só um desabafo...é claro.

by: Mitgefühl

Crosswind....

O vento sopra

sua brisa quente derrete...desfaz......


a vida que deixara para traz, a vida que hoje jaz em paz!


E tudo o vento leva....e tudo o vento trás ...

a vida que outrora tivera...

decerto que mais não me satisfaz!

A palavra, o sopro do vento...

a destruição, no meu olhar....

a paz, no seio das guerras...

a guerra no meu pensar!|

Um pensamento, um desmembramento...o "locus Horrendus" por dentro...

por fim...

um pensar...um pesar!

by: X.Y.U.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

While everyone is falling...

Try not to stare...

by: Mitgefühl
Picture: http://xkcd.com/c98.html

domingo, 6 de maio de 2007

Z E R O



The Smashing Pumpkins - Zero

My reflection, dirty mirror
There's no connection to myself
I'm your lover, I'm your zero
I'm the face in your dreams of glass
So save your prayers
For when we're really gonna need'em
Throw out your cares and fly
Wanna go for a ride?

She's the one for me
She's all I really need
Cause she's the one for me
Emptiness is loneliness, and loneliness is cleanliness
And cleanliness is godliness, and god is empty just like me
Intoxicated with the madness, I'm in love with my sadness
Bullshit fakers, enchanted kingdoms
The fashion victims chew their charcoal teeth
I never let on, that I was on a sinking ship
I never let on that I was down
You blame yourself, for what you can't ignore
You blame yourself for wanting more
She's the one for me
She's all I really need
She's the one for me
She's my one and only


Esta é sem musica é sem duvida um dos grandes momentos do "Rock", assim como todas as outras coisas que fizeram os Smashing! Não é por acaso que é das minhas músicas preferidas...o seu instrumental reflecte o meu estado, a letra o meu "inside"...." she's all i really need"...ela!
Um pensamento....i'm your lover, i'm your zero!
( T.V.)

sábado, 5 de maio de 2007

Amo-te...para sempre meu amor...

Um rapaz e uma rapariga encontram-se por acaso num lugar de acaso, ele rapara nela ao acaso, ela repara nele ao acaso...e... por acaso começam uma relação.
Ele vai á casa dela, ela vai á casa dele.
Começam a sair juntos com amigos, familia, contam confissões um ao outro que jamais haviam contado a alguém.
Uma noite partilham entre sim o expoento físico do seu amor.
Entre almofadas...ele olha para ela, ela olha para ele.
Depois da noite do sexo mais apaixonado de sempre entre o casal eles entreolham-se, e cada um diz ao outro.
-Amo-te meu amor!
-Amar-te ei para sempre meu amor..
Sentem a paixão carnivora que os consome para estarem juntos e precisarem de partilhar a mesma cama, o mesmo oxigénio, aquela vontade que os junta, para se tornarem num só ser entrelaçado.

Um dia ela acaba por o traír...
Um dia ele acaba por deixar de a amar...
Eles deixam de ser falar...
Passam na rua entreolham-se como estranhos...
E deixam o suspiro da sua passagem a lamentar...
"-Amo-te meu amor!
-Amar-te ei para sempre meu amor.."

by:Mitgefühl

quinta-feira, 3 de maio de 2007

" Água & Vida: O Paralelismo "

Já alguma vez experimentaram, enquanto tomam banho ou lavam as mãos, tentar “agarrar”, se assim se pode dizer, uma certa quantidade de água e mantê-la na mão durante algum tempo?
Resultado: conseguem, mas em escassos segundos na vossa mão não restara nada mais do que umas meras gotas de água, ou como nos costumamos dizer, fica apenas molhada. Ora bem, isto que não vos pareça estranho, mas eu faço isto com alguma frequência, quando acordo num daqueles dias em que se calhar o melhor era continuar adormecido até que este chegasse ao fim.
Não se trata de uma filosofia, de uma crença, pois aqui decidiu-se mostrar a outros aquilo que nos vai na cabeça, por mais disparatado que seja, são os nossos pensamentos, ligados ás coisas mais absurdas, que tratam de nos dar uma luz para que nós possamos escrever e agradar a alguns, ou quiçá a todos.
Continuando, num daqueles dias pois são esses dias que nos fazem pensar, e ir um pouco mais além nos nossos pensamentos. Dai que enquanto lavo as mãos ou tomo banho e deixo escapar a água da mão, me pergunto a mim mesmo: Não estarás tu a deixar escapar a tua vida também?
Não, não tive nenhuma desilusão amorosa, nem mesmo problemas com os pais, ou outros do género, o problema que na verdade tenho é com este mundo, com a sociedade em que vivo, pelo menos com a camada social Portuguesa. Óbvio que a perfeição não me é característica, como a todos os outros, porque apesar ser-mos “todos diferentes, somos todos iguais”, ainda que muitos se achem únicos.
Mas onde está aqui “escapar-me a vida por entre as mãos”? Pois, ainda que me seja difícil admitir, é verdade que tem vezes que a vida me escapa, tem vezes que nem dou por ela me escapar, mas certo é que só com o passar dos anos, com o crescimento pessoal que acabei por tentar agarrar água e percebi que a minha vida tem que ser levada até ao seu limiar, mas é claro, nem tanto ou mar nem tanto à terra, e quando falo em limiar não me refiro ao significado que esta associado a esta palavra, o limite, pois morrer da "cura" é algo desajustado, quero apenas leva-la até ao meu limiar, ao que tenho estipulado como meta, sendo o primeiro prémio a satisfação pessoal, que tantos ambicionam mas que muito poucos conseguem atingir.
Em parte, mas não ainda por metade, já transporto alguma satisfação dentro de mim, mas o caminho a percorrer para atingir a total satisfação ainda é longo, mas reconheço-me como alguém capaz de o conseguir um dia, para que me seja possível educar os meus filhos, não da maneira como eu fui, mas de uma forma melhor, ainda que a minha não tenha sido má, mas como é normal toda gente quer mais e melhor para os seus. A primeira coisa que lhes vou dizer para fazer quando tiverem cerca de 18 anos, será: Enquanto estiverem a tomar banho, ou, a lavar as mãos tentem “agarrar” a água, e depois façam como que um paralelismo com a vossa vida e tentem chegar a uma conclusão. Obviamente que vou querer ouvir as suas conclusões, para que depois lhes possa dizer, “já que não o conseguem fazer com a água e ainda que seja totalmente difícil de o fazer com a vida, mas até certo ponto possível, tratem de o fazer, pois como a água também a vida é preciosa”

By: X.Y.U.

Romeu prometido mas extinto



Aquele gosto na boca de uma manhã mal acordada.
Volto sempre ao mesmo todas as manhãs, chateia-me um pouco isto.
Reparo por entre pestanas a luz minima que vem em pequenos raios de sol por entre os meus estores descidos .
A musica desconcertante e "smooth" acorda-me trazendo-me à luz da consciência.
Por entre olhos mal abertos procuro um paralelípipedo de cartão pesado, depois o suave toque do metal frio. O click ouve-se, o calor é libertado, o calor entra pulmões adentro, o click ouve-se, saboreia-se o doce sabor do cilindro matinal.

Forço os abdominais, inspiro, e olho em frente.
Vejo a parede que reflecte a luz matinal melhor que o tecto.
Viro-me para a direita, dou com os meus pés nus no chão frio que desperta.

Acordei ao som da musica aleatória que me faz despertar, uma musica escolhida ao acaso de um numero electrónico por uma função qualquer matematica.

Passeio pelo chão saboreando a musica entre danças de fumo. Chão frio que entra pernas acima, subindo até atingir a parte de trás da minha nuca, volta ao chão desta vez pelas costas, como onda de choque que arrepia, mas acorda!

Entre passeios encontro-me olhando a mim mesmo por uma janela reflectora, por entre ela atrás de mim vejo aquela janela la fora, trás para baixo arrepios de pequenas gotas entre frio e vento, é só a chuva (bela musica de fundo a chuva).

Ólho-me a fundo olhos nos meus olhos...e vejo-me pensado em frio, chuva, sabor matinal, danças de fumo... Sabe bem saborear estes sabores.

Pensei em pensar, não pensei em ti, nem nela, nem nele, nem nos outros, nem nela, nem na outra, nem na outra que me fala todos os dias pensando em procurar em mim um Romeu prometido mas ja extinto.
"Talvez sejas a Julieta... Mas eu não sou o teu Romeu."
Palavras bem ditas pelo cantor entre acordes e notas desconcertantes e compostas ao grito da banda Que Não fuma.

Vejo-a na rua passeando com a outra sem a conhecer de lado algum, olhando-a bem dentro aos olhos vendo quem ela é, é bonita, inteligente, brilhante, e a outra? profunda a amiga...
Vejo o outro de mão dada com a outra passeando de pasta na mão, passam à frente de um velho sentado que olha para mim como eu olho os outros, são outros, não são alguem, nem vão ser,
são rostos e almas que passam e nada dizem, nem vão dizer.

Quem sou eu se não mais do que um pensamento esquecido de um velho Romeu?
Fui em tempos outro.
Agora olho por aí sentindo as coisas sem pensar no futuro.
Dá me prazer não sentir alguem.
Dá-me enxaquecas sentir alguem dentro da minha cabeça.
Entro por entre alguma para sair tao facilmente como entrei, sem de forma alguma sentir a vontade e desejo de prolongar o aborrecido sentimento de hipocrisia generalisada pela conversa pós sexo.
Estou farto de ter alguem, sou eu sozinho por entre mim e minhas danças de fumo.
Era um Romeu prometido, agora sou uma dança de cigarro que se prolonga entre movimentos de inspirações e expirações.
Sou uma coisa sozinha que pensa sozinha e sente vonta de estar sozinha.
Olho-me a mim nos olhos e vejo-me como alguem que passa.
Não digo nada... nem vou dizer...não tentes aproximar-te... daqui não levas nada! Pela tua segurança mental... não sou um Romeu minha provavel Julieta

Quero a ausencia de enxaquecas pessoais, fora de prazeres de amor vivo, quero a minha solidão por entre danças.
Saboreio a musica, o alcool, a ressaca, o sorriso de uma bela que passa e vem (pelo sorriso retribuído), ao encontro do calor da minha cama, e sai pelo chão frio que acorda.
Acorda minha provavel Julieta, vai procurar um Romeu que não sinta.
Encontra alguem que queira ter-te, alguem que não procure por ruas os olhos de vidas que passam.
Procura alguem que te queira.
Eu não penso em ti, nem na bela que passa, nem no casal apaixonado, nem na outra, nem em nós, nem no outro nós, nem naqueles nós que eu fui com todas as outras.
Fui mas não sou.
Era um Romeu prometido.
Agora sou um dançarino de danças de fumo e chão frio, saboreando o sabor da chuva que cai.

by: Mitgefühl