quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Eu tinha um anjo da guarda

Que horrível. Nós fomos em tempos amigos e caminhantes. Longos vão os tempos quando estavamos ao lado de quem precisasse, nós eramos a bondade espelhada nos olhos de outros.
Noutros tempos, nos tempos da luz, o bem respirava-se por entre o ideal dos mortais.
A paz interior do, eu, de alguem, era minha e de todos nós que existíamos para isso.
Que aconteceu aos tempos aúreos, que aconteceu ás nossas companhias, para onde foi o caminhar de mão dada com os meus amigos eternos sem vista do sempre? O nosso para sempre?
Até a luz nos começa a abandonar, as noites são mais longas, Deus nosso senhor desapareceu desde à muitos séculos atrás, os anjos da guarda são agora anjos errantes. A luz filosófica do amor eterno entre os seres, a vida terrena, a suposta vida que os guia para a eternidade foi perdida. A vida de agora é, e será o sentimento do segundo sentido.

Os anjos da guarda deixam a eternidade para sentir o amor terreno, apaixonam-se pela musica e pelas sedutoras danças do fumo do cigarro, os olhos verdes de uma mulher comum são capazes de criar a vontade de perder o para sempre. A inexistencia da luz, deixou-nos... sózinhos, abandonados do seu amor antigo.
O salto de um anjo provoca a sua última queda imortal. A vida acaba facilmente.
Os anjos deixam de existir de dia para dia, e a culpada disso é a paixão pelas coisas terrenas.
A luz perdeu a fé nos seus seguidores, os seguidores perdem a fé na luz, os seguidores saltam para a vida do sentimento humano. Os antigos seguidores eternos perdem o seu para sempre acabando cada um no leito dos mortais.

'Para sempre do sempre'?
Não.
Nem os anjos vivem para sempre.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Viagem Cerebral

Não, desta vez não estou perdido.

Decidi apenas mergulhar,
deixei-me levar pela tempestade. Na Crueldade.

Decidi hoje, caminhar ao diante, ser parte integrante do remoinho. E remoer.

Decidi, sim!

Hoje não existem "bons portos",
confinada ao conceito de ideia utópica a bonança!

Nesta gigante condição de bicho-terra,
na pequenez do meu ser,
fibra de uma fibra de um outro tempo,
fibra de tempo em que a fibra, não era apenas fibra...mas sim a Fibra.

Hoje. Decidi voltar a ser fibra de fibra, de uma fibra de outrora.

Decidi paralisar o olhar,
no [meu] alvo. E seguir na tempestade.

Sim!
Eu vou na tempestade.


Não tardará muito o meu regresso.

By: Xyu

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Tão cansado

Estou tão cansado...
Estou tão farto de andar a procura.
Tão aborrecido de ver o mesmo acontecer, vezes e vezes sem conta.
...
...
Eu acho que vou dar um passeio por aí e ter como única companhia o frio.
Ele relembra-me o estar vivo.
Acorda-me.
O resto deixa-me cansado, aborrecido de ser tudo o mesmo.

Mitghefüll

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Actos

II

Equiparo-te ás manhãs de Inverno. Ás quais minha pele não resiste…

… manhas que me estilhaçam os ossos

gelados

que me perturbam a corrente sanguínea.

Em tempos, chegavas-me á memória…

e abraça-te

a ausência!

Hoje, apanho dos chão

os estilhaços…

e leio nas mãos os golpes..

III

Já não servem de nada as velhas pernas,

Surjo, lentamente…

por entre vós.

Tentando desenfreado percorrer o [vosso] mesmo

caminho insípido..

Vou-me perder no inóspito…

Vou-me fazer

de vós

Reajustado ao modelo,

desregulado…!


Aproximo meus olhos

do que vêem os vossos…


sem nunca deixar de me escapar

á negra luz…


sem nunca esquecer o

meu lôbrego forte…

dou-me a vós, sim!

Hoje…

por breves instantes dar-me-ei a vós…

buscando fogo,

[ para me incinerar]

buscando tormentos

que


façam do Inverno,


Inferno!





By: Xyu

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Acto I

Conheço-me aqui.

Afastado das luzes
dos olhares...
e
sentado.
Bem lá no fundo,
na sombra escondido..
mergulhado no negro manto que me cobre,
desrespeitado por
brechas de luz azul que o tentam penetrar,
sitio onde...
os vossos olhos não me alcançam,
onde...
ninguém tem coragem para me tocar.

Sentado,
numa cadeira
despedaçada,
cujas pernas não suportam mais
peso...
...do eu..

O nosso!

Sentado,
apoiado na artificial
força,
de umas velhas pernas,
tentando traçar-lhes um caminho,
que as minhas
não conseguem percorrer...

Num forte,
onde a força de ontem..
se desvanecera..

Acabou!

Não me dou a vós,
a vossos olhos.
Dou-me a ti...
só a ti...
somente a ti luz negra...

Mantém-me pó
do que fora eu. Queimado no tempo..
Mantém-me
no escombros
das minha memórias..
na minha ruina!
Deixem-me
abraçado à minha decadência...
apoiado na minha impotência..
sentado.

Vendo o pano cair.




"Quando o pano sobe entramos num lugar onde se preparam simulacros de inferno"
- Jean Genet -


By: Xyu, pela mão de Tiago "Poeta"

Linha do destino

Encontro-me completamente sozinho.
Só perante a luz das estrelas, caminho na noite isolado pelo frio, isolado nas minhas poucas roupas. Mãos nos bolsos, luvas sem dedos que me impedem de gelar completamente as mãos, cachecol enrolado até ás orelhas.
Delicio-me com o frio tremo e aprecio o meu próprio calor é ele que me relembra o estar vivo, o vapor dos meus pulmões solta-se por entre expirações.
Não ha nada que se veja á minha frente, excepto nevoeiro e trevas, mas la em cima nas estrelas vejo o infinito do vazio, vejo o limite do infinito através das luzes que polvilham o céu.
Curiosamente não me sinto sozinho a observar o céu, sozinho com o meu frio, rodeado de estrelas.
Num momento vindo do nunca, vejo uma estrela cadente riscar o céu do cima ao horizonte, este momento dura anos, séculos, ou talvez segundos para o comum dos mortais. Para mim demorou toda a eternidade, e no riscar deste céu por uma luz brilhante, só tive tempo de desejar uma coisa.
Uma coisa pensei em alto dentro da mente na minha hipocrisia, outra coisa sussurrou o coração para desejar-te em algo mais...

"-Para sempre dizes tu?
-Porque não para sempre?
-Não sei para sempre, mas agora sim."

...E então lembrei-me...
o tempo não é para sempre? Então talvez seja para sempre o meu desejo de eu algum dia no sempre da minha vida ter sido feliz, se aquela luz no meio do universo veio só pa me iluminar e fazer-me desejar o que é ser feliz.
Talvez não no agora, talvez não no que serei, mas eu fui feliz, e essa estrela que caía lembrou-me da felicidade e no tempo do sempre infinito, passado, presente, futuro...
Foi o meu desejo, agora, da minha felicidade para um tempo.
Eu acertei no passado.

Mitghefüll

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Memórias Párias II

Atravesso á velocidade da luz as paredes de minha casa.
Ultrapasso as cores das arvores, elas deixam os seus movimentos para trás.
Percorro um espaço infinito num milésimo de tempo nulo.
Regresso ao meu local estagnado.
Oiço o nada e ólho o espaço vazio.
Estou completamente em paz de tudo o que existe.
Tenho aqui o meu local só.
Aqui não penso, não existo, mas gosto de estar aqui, no local onde posso estar em paz.
Olhei no meu vazio e vejo um ponto, este ponto aproxima-se cada vez mais, começa a transformar-se em algo cada vez mais familiar.
-O que fazes aqui?
-Vim descansar para o meu poiso em paz.
-Mas este é o meu local do nada, aqui é que eu me refugio, ninguem pode entrar aqui, ninguém pode invadir este local.
-Temos pena, eu sempre vim para aqui, talvez por acaso não nos tenhamos encontrado, não sei faz o que tu quiseres mas aqui não ficas, este é o meu vazio.
-E se tu fores um pouco mais além ao infinito no vazio e fiquemos em paz ainda que distantes?
-Achas mesmo? Isto é o infinito, o vazio, volta e meia iriamos passar um pelo outro , aqui não existe atrito, a nossa velocidade é o pensamento, não ha luz e nem a sua ausencia, isto é o nulo.
-Eu bem sei que o é, daí eu sempre ter gostado de estar aqui a pensar como é bom não pensar, sabes? É estar feliz.
-Sim eu sei.
-E agora? Onde vamos encontrar um vazio para cada um de nós?
-Não sei, eu até o partilharia contigo, mas sabes... eu detesto-te.
-Hmm..sim eu tambem te odeio.
-E agora que fazemos?
-Temos que ocupar o tempo de alguma forma não?
-Ora... aqui não há tempo.
-Hmm.. e se eu te matar?
-Duvido, isto é a minha mente, tu és minha não me poderias matar.
-Não seria a primeira memória a matar alguem.
-Mas serias a primeira a matar-me a mim, e provavelmente a ultima.
-Não quero saber, vou ficar aqui.
-Então fica, eu vou continuar a mudar até encontrar o meu lugar, e um dia nunca me encontrarás.
-Boa sorte!! Não te esqueças, eu faço parte de ti, experimenta a falar com o coração. Sempre o podes arrancar e talvez me expulsar.
-Um dia vou-te substituir sabes?
-Não brinques com isso, tu até gostas que eu esteja aqui a invadir-te.

Mitghefüll

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Memórias Párias I

O despertador toca bem longe de mim, não tenho bem a certeza se o real tem os apitos ou o sonho tem o real do sabor matinal.
Sinto-me perguiçoso e quero durmir mais, mas o subconsciente relembra-me que hoje é dia de escola e não me convem faltar...
Mas eu não ando á escola....que estupidez...
Levanto-me, tomo banho e visto-me, faço a cama por ainda ter sobrado algum tempo.
Viver fora de casa tem a desvantagem de nunca me fazerem a cama.
Agarro o casaco que habitualmente se prende á porta do meu quarto, fujo em passos cuidadosos na esperança de não acordar o resto do pessoal que dorme no resto dos quartos.
Abro a porta, coloco os óculos impedindo o sol de me encandear e sinto o cheiro de uma manhã de inverno.
Tenho uma enorme sensação de Deja Vu...
Faço o caminho como se o tivesse feito durante anos, mas como se fosse a primeira vez que o faço.
Cheguei ao café e ao abrir a porta inalo o cheiro de cafés recém tirados e de torradas recém torradas, é o aroma de um passado antigo onde eu não pertenço. Não percebo porque estou aqui.

Ao entrar no café olhas-me rodeada de gente, são pessoas minhas conhecidas mas distantes na minha memória.
Acho que estou a sonhar, na noite passada deitei-me sozinho na minha cama arrefecida, eu estava fora da cidade das recordações, refugiado na minha pequena vila confortavelmente establecida entre a serra e a planície...
Eu estava anos luz destas memórias agora vividas.
Não entendo como vim aqui parar.

Mas sinto dentro de mim um calor estranho...penso ser o calor de uma felicidade á muito encontrada...á muito perdida.
Entreolhamo-nos e aproximamo-nos, tu reages de forma banal como se tivessemos esta partilha de amor todos os dias desde o principio do mundo, eu aproximo-me para te beijar e tu respondes como se o nosso futuro fosse infinito.
Sim eu lembro-me... nós eramos felizes...

O mundo mexe-se á minha volta e perco o equilíbrio...perco os sentidos..
Acordo dentro de um local famíliar, acordo dentro do carro de um amigo.
A sensanção de Deja Vu corróe-me a mente, rapidamente me encho de sensações antigas...
Saímos do carro, com o vapor a sair na nossa respiração, entramos numa terra pouco conhecida.
Um grupo de rapazes entra na sala escura e sentamo-nos...
Observamos o teu espectáculo.

Eu rio, saboreando a minha felicidade extrema de ignorancia e estupidez.
Vejo-te la ao fundo.
Lá fora esta frio, cá dentro está calor, soam as musicas familiares de natal.

Subtilmente encontro-te no labirinto escuro deste teu mundo privado. Tu encontras-me surpreendida e abraçamo-nos.
Acho que foi aqui que encontrei o meu momento, o nosso momento.
Tanto-me faz que la estejas, agora eu ja não pertenço lá.
Isto são só memórias revisitadas.
Mas este foi o meu momento, o nosso momento, o calor e a felicidade por entre beijos e sorrisos,
tu com o gorro que te ofereci, eu feliz por ter frio e imenso calor.
Foi assim há muito tempo, o meu/nosso momento de felicidade extrema.
Foi assim para sempre?

Ao acordar sinto finalmente o choque dos meus lençóis frios, o cheiro familiar do meu refugio fora da cidade das lembranças.
Gostaria de um dia poder viajar na minha memória para locais diferentes...
Talvez um local que não doa deixar de relembrar...
Talvez um por do sol.
Quem sabe um dia eu relembre a felicidade no presente.

Mitghefüll

terça-feira, 13 de novembro de 2007

De um momento para o outro II

Consigo ver o pôr do sol...

De um momento para o outro, dentro do meu mundo cinzento encontro uma cor.
Caminhando e cantarolando musicas doces, deslizas pelas ruas olhando-me ao longe.
De um momento para o outro esqueci séculos de dor na solidão.
Olhei-te olhos nos olhos, era um presente leve sem dor, era um futuro esquecido pelo prazer do sentimento presente.
Olhos castanhos profundos de sabor, transmitem felicidade e prazer.
Ao toque de suavidade sentimos amor.
Ao toque dos lábios partilhamos calor.
Sentindo a estranheza, deste sentimento entre desconhecidos intímos.
Intimamente envolvidos, apaixonados...ambos pelo desconhecido.
Dois desconhecidos apaixonados.

Talvez...
Mas quando tudo acaba, o seu olhar foge...
Deixando-me com a dor da lembrança abandonada.
Relembrando-me o frio do poço.
Relembrando-me o beijo da visita cinzenta.

A pouco e pouco vou caindo no abismo.
Caindo nas águas turvas de mão levantada.
Eu espero que me agarrem... mas não há esperança.

Desta vez... é diferente...
Desta vez...sou adulto..
Desta vez... sei sofrer..
Sei ter frio e ignora-lo.
Sei que como vi cor uma segunda vez...
Poderei voltar a ouvir a musica novamente.

Desta vez sei como sofrer, sei sentir o frio, sei esperar pelas visitas da solidão.
Desta vez sei esperar pela cor.
Não me importo, ja estou habituado.

Mitghefüll
Imagem: Local- Marina da Amieira
Data - Sexta 2 de Novembro
By: me

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

De um momento para o outro I

De um momento para o outro, a felicidade, as carícias, a companhia, as noites de aconchego na sua respiração, os passeios partilhados, tudo o que construímos durante tanto tempo é perdido.
As relações humanas têm o destino frio e inevitável de ter um fim.
Construimos uma vida perante alguém onde confiamos a nossa pele, partilhamos o nosso coração a alguém na esperança de essa pessoa fazer o mesmo, para todo o sempre de toda a eternidade. Recitamos um ao outro em momentos de climax emocional, poemas de amor em pequenas frases...
"Amo-te...",
"Adoro-te...",
"És minha...",
"És meu.."
"Para sempre..."
Julgamos ser um só com alguem, até nos lembrarmos do que é estar sozinho.
Somos afogados em aguas turvas até cair no fundo.
Lá bem em baixo arrancam o coração e cortam-no aos pedaços.
Tornamo-nos frios na solidão do poço gelado.
Ao tocar o peito sentimos a pele fria, a longiqua lembrança de que um dia existia ali um coração acaba por desaparecer. Ouvimos as pessoas passarem lá fora, falam e riem, mas estão muito longe...
Não se conseguem ouvir...a pouco e pouco, perdemos a noção do que é ter calor.
A pouco e pouco vamos definhando...
Como zombies caminhamos pela multidão, pensando num passado dorido e num futuro de tortura solitária, cada segundo por passar tem uma agulha para espetar e dessa forma sublinhar a nossa dor. Ao presente amaldiçoamos cada segundo por se estender demasiado até ao proximo.
A dor é presente, passado e futuro.
A solidão regressada do amor perdido veio ao fundo do poço amarrar-me.
Todas as noites antes de me deitar ela vem certificar-se de que estou bem preso, vem vestida num manto cinzento, beija-me sempre a testa sugando-me a esperança e retira-me a cor dos sonhos.
Como posso sonhar a preto e branco?
As noites não têm fim. O antigo lugar dos sonhos é reposto por pesadelos de lembranças que repetem os golpes precisos de lembranças felizes, um passado que dói.
Olha-se alguem e não se vê a sua forma. Para mim nesta vista desanimada essa pessoa é a preto e branco, não foram só os sonhos a ficar em preto e branco... foram tambem as pessoas.
Os meus olhos toldaram-me os sentidos de sentimentos perdidos.
Não procuro o amor.
Acomodei-me com a visita da solidão, o meu calor é a visita fria que a solidão trás e me recorda que estou vivo.
Não sei o que é o calor.
Não sei o que é ter alguém que tenha cor.
Não me lembro de esquecer a companhia da solidão.
Recordo a multidão a preto e branco, e so quem me acompanha é a dor de manto cinzento.
Caminho pelo mundo e vejo duas cores. Caminho por tudo e todos e so te tenho como companhia...solidão..

Vem ver aqui...estou bem amarrado..dá-me esse beijo...
e deixa-me aqui.. a sonhar a preto e branco...


Mitghefüll

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Quartos pequenos iluminados com luzes amarelas


Tenho saudades de quando partilhava os meus lençóis com conversas...

Mitghefüll

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Não gostar por gostar, mas amar.

Não beijar por beijar, mas tocar nos teus lábios e saborear-te.
Não te acariciar por acariciar mas sentir a tua suavidade e partilhar a tua pele.
Não te cheirar por cheirar, mas envolver-me na tua alma e respirar a tua aura.
Não te olhar por olhar, mas sentir-te nos olhos e olharmo nos bem dentro do coração um do outro.
Não estar contigo por estar mas abraçarmo-nos no partilhar infinito do tempo estático entre nós, o presente sem futuro consciente á vista, onde estarMOS é o que sustenta o meu tempo para sempre.
Isso acho que não existe.

Mitghefüll

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Solarenga Maldição


Á nostalgia de um tempo passado,
de horizontes ofuscados, e infantilizados
junta-se
o inevitável.

O medo.

As memórias. Não passam disso mesmo, e
a luz torna-se cada vez mais forte,
as ideias ficam mais claras,
o mundo é decifrado ...

O medo.

O sol que espreita por entre as nuvens,
dita hora de conhecer..
a verdade.
mesmo que a alma,
esta consiga fazer morrer!


O medo,
a morte do artista!


By: X.y.u











sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Often called crazy...

Não sei porque me chamam louco...
Se gosto de sair de casa cheio de frio e bem agasalhado...
Se gosto de adormecer enquanto chove...
Se gosto do frio...
Se digo que perfiro o tempo humido e frio da Alemanha ao tempo de sol em Portugal.
Gosto que o frio me lembre que estou vivo.
Detesto ter muito sol.

Mitghefull

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Ah Maroto!

Maroto, pessoa que brinca mas que leva para o segundo significado!

Ex:. Pé maroto!

(3h:16m)

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O maior pecado



Fora de um mundo de luzes psicadélicas, copos perdidos, olhares mal olhádos, fumos de cigarros, bebedeiras mal lembradas, desejo improvisado por sensações enganadas.
Fora do mundo espontâneo, de quecas mal dadas, de fodas bem conseguidas, de curtes aleijadas, de beijos ressacados, sem direcção em frente, uma visão mal formada de alcool turvada, hà quecas e sexo de filrts sem sabor.
Fora de um mundo de desconhecidos intimos sem arrepios.

Existe o mundo do toque.
O mundo de calçadas molhadas pela chuva quente, quartos pequenos iluminados por luzes amarelas, o mundo do toque existe, tem chuva e é quente.
O mundo onde aquele abraço bem apertado entre os dois aquece o coração ao encostar os dois corpos por um abraço. O toque suave dos dedos, o passar delicadamente o dedo indicador pela palma da mão... arrepia.
O toque dos meus lábios nos teus aquece-me.
O falar por entre beijos torna o mundo diferente.
Um beijo no pescoço trás o desmaio dos céus.
O sentir da respiração um do outro.
Olharmo-nos nos ólhos e sentir felicidade.
O mundo debaixo de lençóis numa manhã de inverno fria, é quente. Lá fora neva, mas ca dentro neste mundo bem amado, os lençóis fervem aquecidos pelo toque da pele nua.
A suavidade da pele quente faz um de dia inverno, verão.
Os olhares profundos por entre respiração forte.
Os gemidos levemente soltados fazem sentir o sabor do sentimento.
O calor do bom saber e gostar de ti, amar-te.
A mais alta vontade e demonstração do sexo/amor, é a partilha da carne entre dois seres.
Eu dentro de ti e tu em mim juntos inseparaveis na mesma casa, no mesmo quarto sozinhos no mundo.
Dois corpos separados fisicamente pelas leis, unem-se num momento solitário do resto dos outros mundos. O apógeu da vontade entre os dois, a pinga do suor a escorrer pelas tuas curvas nuas e sombreadas pela luz mal iluminada.
As nossas conversas de olhos nos olhos na mesma almofada, partilhando o calor da nossa transpiração, respiramos juntos, um sobre o outro por entre gestos repetidos e saborosos, não existem tabus, muito menos vergonha.
Os arranhões das tuas unhas nas minhas costas.
As minhas dentadas em ti.
A nossa cumplicidade isolada sem ninguém saber só para nós dois.
A pouca á vontade foi-se no primeiro toque.
A consciencia so volta no cigarro do depois ser fumado.
É tudo partilhado entre nós, sem pensamentos, simplesmente sentido.

O sexo péca.
Tem o maior pecado de não ter sempre o sabor do amor.

Mitghefull

domingo, 30 de setembro de 2007

A volta ao Paraiso?


Eva- Eu já não posso viver assim!
...
Adão- Consegui que voltassemos ao Paraiso, e tu aborreces-te?
Eva- Faltam-me todas as comodidades.
...
Eva- Estou farta da Biblia..!
Adão- Tu estás doida!?
...
Eva- Queria um cigarro!
...
Adão- Tu queres fumar?
...
Adão- Mas eu desconheço-te, Eva!
...
Adão: ...esta serenidade é enervante
Eva: E este silêncio é ensurdecedor.
Adão: Já não podemos suportar o pesado fardo da nossa felicidade.
Eva: Que horror, ser feliz há dez mil anos!
Adão: Entretanto, eu sou o pai do homem, e o meu dever é ficar aqui eternamente, na beatitude desta luz doirada, debaixo destas árvores patriarcais.
Eva: Pois eu estou aborrecida e só fico no Paraiso com uma condição.
Adão:Qual é?

Eva
: Quero ir passar os domingos ao inferno.....


( Julio Dantas- Diálogos {1928} )


by: X.Y.U



sábado, 22 de setembro de 2007

Noite ou dia?

"Começo a perder a noção do tempo"


Vitor Marques

terça-feira, 18 de setembro de 2007

All night long.......





"Sente só este poder..! "

Deixem-se de rodeios, mas a boa vida é constante!
Finda o verão e começa o Inverno, onde está ai a mudança?
Bom, apenas nos trajes...

A festa ainda mal acabou!
Agora veste-se gola alta, os corpos passam a estar bem mais escondidos, mas mesmo assim há sempre uma ou outra "brasa" cujo fogo custa muito a circunscrever. Mas assim seja...até porque se assim não fosse, o mundo perderia muita da sua piada!

Vamos lá então dar continuidade á festa, porque afinal de contas a vida é curta, mas as festas , pelo contrario, são bem longas e tem que se aproveitar!

Que o bairro alto se encha de gente, que o som domine tudo o que é pista...
Que a brutalidade, a insanidade, a eloquência e a demência tomem conta da capital!


Bem vindos á minha próxima realidade.

E que curtam tanto como eu

" Ah, é este o power de que te falava! Sentes-te Grande, Grande, Grande... o som faz-te voar"

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Sem mentiras, avô! Sê realista..

Predestinado está uma dura vida de trabalho!

- Mas o que é isso de trabalho?

Trabalho, bom, então o trabalho não é nada mais, nada menos do que o motor económico de uma sociedade!

- Hmm, espera..!

- “…Motor económico.” Explica-te!

Ora bem, isso será mais complicado de explicar, mas tenta ver isto por este prisma:
Tu tens um coração, e o seu principal objectivo é manter-te vivo, e para que assim seja ele tem que estar constantemente a trabalhar, sendo esta actividade bastante difícil….

- Como é recompensado o seu trabalho?

Era mesmo ai que queria chegar.
Diria que manter-te vivo é a sua recompensa, mas não me posso esquecer dos consequentes cházinhos de sangue que vai recebendo, de modo a que a sua sede seja saciada e para que continue o seu bom desempenho!

- Sentir-se há ele realizado?

Sim penso, que sim…. A sua principal motivação é manter-te vivo, logo se ainda o estás é porque ele está realizado!

- Então se a sua recompensa é apenas um pouco do sangue, porque tem que ser a nossa recompensa pelo trabalho o dinheiro?

Porque nos somos animais racionais! Porque desde muito cedo que o homem faz trocas, ou seja, desde há muitos séculos que não “existem” ofertas! E como tudo mais na vida, esta coisa das trocas evoluíram e quando menos se esperava já circulavam moedas, notas e tudo mais! Adivinhava-se o início do fim!

- Inicio do Fim? Que historia é essa?

O início de uma nova era, de um novo mundo, de novas economias, de novos homens, novas mulheres, novas crianças e o início das grandes guerras. Quanto ao fim, (cigarro em punho, olhos petrificados) tudo o que havia de genuíno acabou, até nos passamos a ser números, estatísticas, até como moeda de troca somos usados!

- Coisa horrível, hmmm! Começou a compreender este mundo. Mas só mais uma coisa, desmistifica-me essa coisa a que chamam “ Bem-estar”?

Não existe bem-estar sem um bom coração, sem uma boa economia e sem uma boa meia dúzia de reis dentro do teu bolso, caso contrário, isso não é bem estar, é apenas alguém que nada tem mas que gostaria de ter, e que tenta fazer-te ingénuo para o que é na verdade a vida!

- Sim, mas fala um pouco mais disto!

Ok, não te vou mentir. Há coisas em que o dinheiro se revela inútil, como por exemplo no que respeita á saúde, lá está, em relação ao teu coração, pois os meios e as maneiras como um e outro são remunerados são totalmente diferentes. Mas em relação ao resto, esquece, vê só:

Sem dinheiro não:

- Comes

- bebes

- dormes

-tomas banho

-não lavas os dentes

E ainda estava só em algumas das nossas necessidades mais básicas!

O dinheiro não é tudo, sim senhor, tudo muito bem!

Mas sem dinheiro serás tu alguma coisa?



by. X.Y.U

domingo, 16 de setembro de 2007

Muito tempo sem aparecer por aqui

Até um dia destes...
16hras de trabalho por dia até outubro deixa pouco tempo para escrever!

Um abraço a todos

quinta-feira, 13 de setembro de 2007




Sabias que um dia ofereci a lua a outra pessoa?

Peço desculpa...

Mitghefull
Fonte imagem: DevianArt

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Terra molhada

Estava um dia de sol e calor, eu brincava pela casa da minha avó.
Era uma casa velha, com o característico cheiro a casa antiga, aquela sensação de lar acolhedor de amor dos avós.
Paredes grossas que mantinham o calor lá fora, quadros e tapetes antigos...
Eu eu brincava por lá... pela varanda, andando descalço pelo chão de cimento, bem quente, era quentinho, estar ali sentado, sabia bem.
Brincava e brincava, até ouvir o barulho da trovoada, aquele som que faz tremer o peito, metia medo.
O céu estava escuro lá ao fundo, mas o sol ainda me aquecia.
O vento soprava forte, mas era um vento quente.
A minha avó chamava-me para ir para dentro de casa, mas eu não queria.
Queria saber se chuvia ao sol.
Até que as pequenas gotas frescas cairam.
Não tive alternativa senão ficar atrás das fitas verdes que estavam na porta.
E cheirei algo...
Um cheiro saboroso, quentinho, reconfortante, frio....
Cheirava a terra molhada, um cheiro parecido ao de quando o meu avô regava a horta.
Mas ali não havia sujidade, era a atmosfera quente e cheia de humidade, o som assustador dos trovões, os relâmpagos, tudo demasiado assustador para uma criança pequena.
Fugi para debaixo da mesa da sala de jantar, fiquei ali a ouvir a chuva e os trovões.
Mas os trovões desapareceram e ficou só a chuva, timidamente fui de encontro á janela observar através dos vidros grossos e salpicados a chuva a cair, o sol tinha desaparecido.
Fiquei ali a apreciar esta sensação nova de terra molhada, beliscando a tinta branca que saltava da janela velha.
Encostei o nariz á janela, a humidade da minha respiração condensava no vidro frio, não estava triste, não estava contente, sentia-me bem.
Fiquei ali de nariz molhado á espera da chuva passar, talvez até quando a minha mãe me fosse buscar continuasse a chover.
Brincava no vidro embaciado, expirava e fazia desenhos.
E continuava a chover, do outro lado do vidro, a água escorria, a varanda estava molhada, cheia de pequenas pocinhas entre o cimento e o que restava do velho chão de tijolo antigo.
A pouco e pouco, as gotas cessavam, o telhado do galinheiro não fazia tanto barulho agora, caía menos chuva.
Aventurei-me a pouco e pouco varanda adentro, a minha avó tinha adormecido na poltrona enorme da sala enquanto me observava.
As nuvens espalhavam-se, os raios de sol espreitavam.
Entrei descalço na varanda molhada, consciente do meu crime capital, mas tinha de aproveitar, a avó dormia e não me podia tirar dali agora.
O chão de cimento estava ainda morno, mas agora tambem húmido.
Entre o cimento e os antigos tijolos, crescia um pouco de musgo que fazia cócegas nos pés descalços.
Eu tinha a altura suficiente para encostar o queixo ao muro da varanda.
E ali fiquei, observando ao longe as nuvens outrora carregadas, douradas pelo pôr do sol.
Sonhava saltitar por aquele algodão, brincava entre nuvens, imaginava estar lá no alto por cima daquela paisagem alentejana cheia de terreno recentemente molhado e quente.
Enquanto imaginava, o pôr do sol aquecia-me, eu arrancava pedaços de musgo que crescia no muro da varanda.
E saltitava por cada nuvem fofa e dourada.

Foi assim que conheci o cheiro a terra molhada.

Mitghefull
Fonte Imagem: DeviantArt

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O instinto da hipocrisia humana.

O ser humano tem por base ser hipócrita, e as duas grandes bases que eu encontrei por entre pensamentos são:

A monogamia e a solidão.

É uma estupidez tradicional, reforçada pela história, igrejas... O ser humano é um animal, como animal, o seu unico pensamento é andar por aí a fazer sexo que nem um coelho a fim de perpetuar a espécie. Mais cedo ou mais tarde em qualquer relação uma das pessoas fracassa ou, é assaltado pelos pensamentos, de andar a dar quecas por fora, sem que este ou aquela saiba.
Pertence a cada um manter esses pensamentos do animal bem guardados, afinal, hoje em dia vivemos em sociedade, e além disso há que ter em conta que mais tarde ou mais cedo sabe-se.
O medo é outro instinto, desta vez menos hipócrita.
Há que aceitar, o ser humano não é monógamo.

E o que leva a monogamia á solidão?

Ou vice versa, dá para os dois lados...

E o que leva a solidão á monogamia?

Faz parte da nossa hipocrisia...

Movida pelo medo, a solidão força a monogamia, o pavor a viver sozinho, a necessidade de ter alguém sempre para nós, o desejo do calor humano para toda vida, o querer do amor...
A vontade de perpetuar a espécie, camuflada pelos sentimentos conscientes...

A solidão essa, é querida pelos seres humanos mais uma vez hipócritas, quando monógamo, o humano sem medo, tem a solidão como apetecida. O desejo de perpetuar a espécie com outros seres da mesma raça. A poligamia animal camuflada pela vontade do ser humano em ser sobrenaturalmente consciente.

O amor esse...infelizmente não existe.
Estar apaixonado, tem o equivalente quimico a comer queijo, chocolate, e até uma boa dose de drogas.
Infelizmente o amor é quimico, e não magico.

O ser humano é um animal como os outros, apenas diferenciado pela benção do pensamento.

Há que relembrar isso.

Somos uns hipócritas paradoxais, movidos pelas antíteses dos sentimentos.
Os sentimentos esses são finitos, têm a sua época.
Os sentimentos infelizmente, são contraditórios.

O ser humano esse... é um hipócrita.

Mitghefull

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

domingo, 2 de setembro de 2007

Se eu tivesse uma boa maquina

Tinha apanhado os pombos todos poisados no braço do rapaz, a qualidade era melhor....
Pa variar ainda mantenho a melhor foto na minha cabeça...

Vou começar a trabalhar na vindima durante uns tempos, muito tempo pa pensar.
Talvez saiam mais textos, talvez não saia nada...

Ate já =)

Mitghefull

sábado, 1 de setembro de 2007

Apetece-me falar

Apetece-me falar contigo.
Não sei porquê, tenho o desejo de falar contigo e conhecer-te melhor, saber quem és bem la dentro.
Ter conversas até altas horas da noite, aquelas conversas que são interrompidas pelos primeiros raios de sol a atravessarem a janela.
Apetece-me conversar longas horas contigo ja te disse?
Falar de tudo pouco me importa.
Musica, filmes, livros, o tempo, pouco-me importa o assunto a falar contigo, pode ser uma conversa sobre o existencialismo, a razão de viver, podemos ir ao comunismo, até facismo, sejas de esquerda, direita, podemos falar dos extremos de cada um.
Não sei, mas apetece-me falar contigo.
Olhar-te nos olhos e conversar.
Partilhar cigarros, ficarmos deitados a olhar o tecto e falar.
Só os dois partilhando varios momentos de cada um entre nós.
Só isso conversar.
....
....
Tenho é pena de não te conhecer.

Mitghefull

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Genial!




From: Xkcd.org

Mitghefull =)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Gosto de...

Gosto do cheiro a terra molhada.
Gosto de olhar as pessoas na paragem de autocarros, e imaginar a sua vida.
Gosto de olhar alguém nos olhos e conhecer a pessoa por dentro.
Gosto de tirar fotografias únicas, embora não tenha máquina.
Gosto da chuva.
Gosto de um suspiro no pescoço.
Gosto de um cigarro com um café.
Gosto de rir ás gargalhadas entre amigos.
Gosto de conversas de almofada.
Gosto de estar longe e voltar.
Gosto de experimentar o cheiro diferente de cada casa.
Gosto de ver o nascer do sol acompanhado.
Gosto de ver o por do sol depois de um dia grande.
Gosto dos lençóis presos.
Gosto de me deitar cansado.
Gosto de saborear uma musica.
Gosto de uma boa conversa.
Gosto da relva nos pés nus.
Gosto de tocar guitarra de olhos fechados.
Gosto de estar apaixonado.

De que gostas tu?

Mitghefull

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Podes apaga-las todas, deixa-me so esta memória por favor

Não seria bom apagarmos alguns momentos da nossa história?
Fazer esquecer alguem? Eu queria olhar e apagar algumas memórias.
Será possivel? Como seria?
Eternal Sunshine the Spotless Mind


Algum dia existirá a tecnologia?
Correio da manhã (Memória decifrada)
"ensina um possível caminho a seguir nos seres humanos para fazer com que alguém consiga ‘esquecer’ ou ‘apagar da memória’ certos acontecimentos. Ainda segundo a ‘Science’, esta hipótese promete vir a ser útil em psiquiatria, nomeadamente no tratamento de algumas fobias ou traumas."


Desta forma a humanidade caminha para a destruição.

Se não aprendermos com o passado, estamos condenados a repeti-lo.

"Please, not this memory, let me keep just this one"

Mitgefühl

terça-feira, 21 de agosto de 2007

SW 07

Simplesmente o melhor da vida.

Wraygun - All night long (Quando ele sobe os postes e pede a banana):
1 de 4
2 de 4
3 de 4
4 de 4

Mitgheful

domingo, 19 de agosto de 2007

A Janela

A janela medieval encontrava-se entre duas escadarias, a luz do sol que passava entre o pó da janela, iluminava as escadas e o centro da sala pouco iluminado.
Eu descia, e tu subias, encontramo-nos ao fim de tanto tempo.
Tu cumprimentas-te me com um toque da tua face na minha, e um deslizar dos teus lábios entre a pequena linha que separa os meus lábios da minha cara, foi um toque subtil e arrepiante.
Olhámo-nos nos olhos, e ficámos ali parados sem dizer uma única palavra um ao outro. Queria-te ver bem, mesmo muito bem dentro desses olhos verdes, saber o que eras para não errar de novo. Desta vez poderia ser a ultima vez que te via, talvez fosse a ultima vez juntos, uma última oportunidade depois de tantas outras perdidas.
Tentei-te beijar, esquecendo as vergonhas e a vozes da minha cabeça (e se ela não quiser), simplesmente arrisquei a beijar-te.
Tu acompanhas-te me e os nossos lábios uniram-se, até que te afastas-te.
Dei um passo atrás e olhei-te enquanto estavas agora de costas para mim e olhavas o que seria a paisagem para lá da janela. Envolvi os meus braços nos teus ombros e beijei-te no ombro junto à alça desse teu vestido preferido. Ficámos assim calados durante horas talvez, mas pareceu um segundo.
Juntámo-nos na janela onde debruçados mal cabíamos, olhámos o vidro pintado de paisagem, e dissemos um ao outro, que agora era tarde demais.

Mitgheful

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Acontence

hehe

Mitgheful

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Solidão

Fumava um cigarro antes de ir para casa.
E tu vinhas sozinha... envolta nos teus pensamentos olhando para tudo menos eu.
Eu conhecia-te. Estavas naquele bar onde se partilhava uma musica incomum, era a minha musica da adolescencia.
Um bar incomum e uma rapariga incomum estava por la.
Enquanto saboreava o meu cigarro tu caminhavas na minha direcção.
Até que por fim cambaleando deste comigo. Pediste-me um cigarro e lume.
Eu perguntei-te o que tinhas achado do bar com a musica da minha adolescencia.
Tu respondes.te que era o teu genero de musica.
Eu ja me havia apaixonado muito antes quando te observava.
Falámos durante horas junto á fonte adormecida da praça.
Aquela fonte passava dias a jorrar, mas naquela noite estava silenciosa.
Eu olhava os teus olhos castanhos cheios de mistérios, discutimos sobre musica, filmes, livros.
Já era de dia.
Despedi-me de ti com saudade depois de umas poucas horas que para mim eram anos junto a ti.
O teu sorriso nao queria despedidas, nem o meu olhar queria dizer-te adeus.
Até que por fim agarrei o maço, e não havia mais companheiros de fumo por compartilhar com um amigo imagiário.
Reparei que por vezes a solidão faz nos imaginar alguém que não existe.
Imaginamos perfeitamente a pessoa perfeita.
Mas por fim...
A cama está fria, não existem conversas de almofada.
Somos nós, e o silencio...
Até fechar os olhos, olhei-te nos olhos.
Minha perfeita imaginária.

By: Mitgheful

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

This isn't me, i'm not Mechanical




"New Model No. 15"


I'm as fake as e wedding cake
And I'm Vague and I know that I'm homopolitan
Pitifully predictable
Correctly political

I'm the new, I'm the new, new model
I've got nothing inside
Better in the head and in bed
At the office
I can suck and I smile
New, new, new model

I can choke and diet on coke
I'm Spun and I know
That I'm Stoned and Rolling

Lifelike and poseable
Hopeless and disposable

I'm the new, I'm the new, new model
I've got nothing inside
Better in the head and in bed
At the office
I can suck and I smile
New, new, new model

Don't let them know how far you go
Or that you use you "lovers"
Oh look, you're like a VCR
Stick something in to know
Just who you are you

New, new, new model


Marilyn Manson


(O Mestre tem agendado o seu regresso, a terras Lusas, para o dia 11 de Novembro de 2007, no Pavilhão Atlântico!)


by. X.y.u ( que não irá faltar por nada deste mundo)

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Férias

"Good friends we have, oh, good friends weve lost
Along the way.
In this great future, you cant forget your past;
So dry your tears, I seh."
No woman no cry - Bob Marley

"Back up to heaven all alone
Nobody callin on the phone
cept for the pope maybe in rome"
Joan Osborne - One of us

Fui de férias...
Fui procurar pessoal a cantar na praia com uma guitarra!
Eu levo umas quantas folhas de rascunho*

sábado, 28 de julho de 2007

Os espelhos também mentem

A alma alojou-se no corpo.

É desta forma que nos tornamos humanos, por vezes desumanos.

O corpo é o dogma, a película envolvente do nosso verdadeiro ser, ou, do derradeiro eu, uma “verdade” palpável e bem visível, que nos confere uma forma pouco representativa da matéria que está agarrada ás nossas entranhas.

A alma coordena, o corpo é o objecto desrespeitado

Majestoso, imperioso, o “forte” onde se esconde a verdade e a abominação, onde o pecado é gravado e onde o Homem é totalmente desrespeitado.

A iluminação do ser reside na alma, o corpo é a mera demonstração, a reles representação, o verdadeiro instrumento da tentação, onde os mais recalcados desejos são saciados.

E eu tenho as marcas, e deixo as minhas.

Eu sou mais um pecador.


by: X.Y.U

quarta-feira, 25 de julho de 2007

O sofá

Era a minha paz, naquele quarto.
Numa casa de paredes grossas, cheia de gente, aquela casa tinha-me somente a confusão.
Muita gente passou por la... enfim...acho que toda gente passou por aquele sofá uma vez qualquer que tenha lá ido.
Tenho recordações feliz e tristes daquele sofa. Entre 4 paredes aquela cela ganhava vida com o brilhante cadeirão.
Pouca luz, grades na janela...uma cama...e um sofá verde para uma pessoa. Tenho grandes momentos por ali contigo.
Aquela vez em que todos nos reunimos em volta do sofá a jogar poquer.
E quando tu apareceste te sentaste-te e falamos durante horas.
Beijamo-nos por ali pela primeira vez...sim...no sofá...
E depois ele apareceu. Ela apareceu. Toda gente apareceu, todos os que apareciam queriam o sofa.
Era o meu sofa. E nós falávamos durante horas por ali.
Aconchegados a ver um filme. A lutar para poder ver o filme a partir do sofa, eu e ele perdiamos sempre o principio lutando empurrando-nos para estarmos ali bem confortaveis, no fim só um lá ficava.
Não eram só filmes, quantas vezes não fiquei por ali a devorar livros? Não sei porquê, os livros por ali sabiam-me bem melhor.
Lembro-me de quando chegava depois de um dia cansativo e me sentava, olhava em redor e só tinha o silencio.
Nunca em lugar algum da terra tive um lugar assim, era mesmo bom estar ali num velho sofa de sala reaproveitado com um cobertor por cima.
Sofá verde com um cobertor verde.
Foi ali que passei bons momentos.
E no entanto não consigo encontrar lugar algum na terra onde-me sente, deite, ou fique de pé e sinta uma paz tão grande como era estar naquele sofá.
Horas e horas sentado desfrutando o silencio sozinho, por vezes adormecia, durmitava durante minutos. E acordava, completamente em paz, o meu recanto selado era aquele.
Perdia-me ali, deixava de existir a noção do tempo.
Não fui o unico, aconteceu com outros... que chegavam e adormeciam por ali.
Ou simplesmente se sentavam, deixava de existir a necessidade de uma conversa, não existia pressão, podia-se ficar ali horas embrenhado nos pensamentos sem dar por nada. Mas por vezes, a conversa fluía e as horas passavam e o prazer da conversa ficava até horas tardias...
Tenho saudades daquele sofa.
Ele ja era velho, agora...deve pesar uma tonelada com tanta recordação. E tem manchas dificeis de sair, são recordações daquelas que teimam por ficar dado a sua importancia na nossa vida.
Como disse, boas e más...
Vou continuar a procurar outro assim...Aquele pobre coitado está agora esquecido no sotão.
Vou ver dele...e talvez...fumar um cigarro ficar por ali durante horas, a desfrutar o silencio, desfrutar...
Tenho saudades...
Aposto que tem saudades minhas também...
Pode ser que ainda esteja no sotão.
Vou la só fumar um cigarrinho... Não demoro...
Três, quatro horinhas...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Assim do nada

(Carta aberta a ti)

"E de repente, era assim do nada, como um ser iluminado
Tudo fazia sentido, respirar fazia sentido
Andar fazia sentido, todo o pequeno pormenor em pensamento perdido
Era isto que realmente importava não qualquer outro tipo quatificação
Nao o que se ganhava, nao o que diziam de nós, nao nao nao "
"Vem fazer de conta, eu acredito em ti ", 

Da weasel- Casa (Vem Fazer De Conta)


Se acredito na bondade humana?
A resposta que tenho para uma pergunta quase retórica, é
Não.
Achas possivel que exista uma pessoa por aí, que me vá fazer acreditar na existencia de pessoas boas e merecidas de uma coisa tão preciosa como a confiança?
Eu não acredito em tal coisa.
Tenho tanta ferida no corpo, cicatrizes e outras mazelas, que me impedem de olhar alguem nos olhos e acreditar.
Já lá vão longe os tempos onde eu pouco conhecendo uma pessoa acreditava nela, eram tempos onde por mais magoado que tivesse repensava e punha-me nesse lugar e perdoava.
Talvez devido á minha educação católica, eu ouvi algumas palavras perdidas entre sermões que diziam, dar a outra face ao sermos magoados.
Rio-me agora de minha ingenuidade perante um mundo onde quem não come é comido (Literalmente).
Sinceramente eu era bom rapaz.
"Então achas que eu vou magoá-la pelo que ela me fez? Coitada estava confusa, não a posso culpar" (Não culpava).
Eram tempos destes que eu vivia perdoando convencido de ser bom rapaz. Não sei porquê acreditava que ao sermos boas pessoas as outras pessoas serão boas para nós. Dar e receber?
Estás maluco? Isso não te soa a uma pobre organização humanitária que se esforça por curar os incuráveis?
Não acho provavel que exista salvação nesta história toda.
"Sabias que aquela gaja não é bem assim? Nem imaginas as coisas que ela ja fez e disse de pessoas que dizia ser amiga".
Lembro-me de ouvir coisas assim e respondia, "ora não serás tu a má pessoa, tu que a julgas assim?", parece exagerado mas o acreditar nas pessoas é acreditar mesmo.
Ingenuidade. Talvez me faça de vitima não sei.
Mas agora tenho demasiadas feridas, particularmente nas costas tenho cicatrizes de facadas inesperadas e profundas. Se estou a fazer-me de vitima pouco me importa, pouco importa o que passei, ou o que era. Não há nada a fazer porque agora simplesmente não acredito em ti. Não vou ser hipocrita, porque odeio a hipocrisia, deixei de me preocupar com acções que podem derivar as feridas para com outro. Pouco me importa com o que pensas como fazia antes. Tanto me faz se estás magoado/a comigo, eu continuo a desfrutar o meu cigarro.
Tanto cinismo para que?
Talvez seja cinismo, o que importa? Agora sou assim, aprendi, infelizmente/felizmente. Serei má pessoa por pensar assim? Pá que seja tanto me faz. O importante é que agora eu não tenciono ser esfaqueado, posso enfiar uma faca lentamente nas tuas costas e tu nem vais reparar, ou reparas pouco me importa.
Mudei assim, pior para ti, melhor para mim, não te esqueças que a vida é vivida por mim e não por ti. Tu bem podes ser algo inexistente que pouco me importa. As pessoas da minha vida são aquelas que eu conheço. As pessoas que sempre confiei, aquelas que trago desde sempre comigo e são a minha familia. Esquece os laços de sangue, os abraços perdidos, as pessoas que me interessam são aquelas que me são amigas desde sempre, aquelas que um dia espero perder.
Porque pensas assim dos teus amigos? Esperas ficar sozinho?
Se ficar fico. Tenho os em conta por os adorar, mas não espero que isto dure, um dia um deles, ou um de nós se afastará. Não sei porquê. Mas infelizmente isso vai acontecer. É a vida cruel como sempre foi.

Era tão bom quando acreditava em ti...

Infelizmente não vou confiar agora. Não consigo.

...

Estou por ali como num dos outros dias, bebo um copo e estão ali amigos meus e outras tantas pessoas. Nada de novo.
Conversas banais entre copos.
Mas assim do nada...
Assim do nada...

Vejo uns olhos castanhos brilhantes que te iluminam a cara. Cabelo moreno e uma cara...
Meu deus mas que cara...Que corpo...
Lembras-te da expressao amor á primeira vista?
Tudo pára quando ela passa? É simplesmente esgotante não olhar para ela...
Digo-te que por ela era esfaqueado centenas de vezes nas costas...
Fiquei apaixonado.
Mas quem é ela?
Não interessa... É linda... divinal, um anjo que caminha entre nós...
Nunca a vi na vida, mas quem raio é ela, e o que veio aqui fazer?
Por ela esqueci a desconfiança, por ela era capaz de confiar a minha vida.
Mas nunca a vi na vida...
Hipócrita!
Tens razão.
Mas...
Talvez me traísse logo, talvez não, quantas vezes me mentiria, pouco me importa, o amor faz-nos esquecer tudo.
Axas? Viste-a agora e apaixonaste-te?
Estou apaixonado por ela. É o amor da minha vida.
Mas...
Mas deixa para la, nunca vou falar com ela, não vale a pena.
Um dia tudo vai parar, vamos nos aborrecer um do outro, eu vou ser insuportavel para ela, ela para mim, vamos discutir. Não me interessa.
Pouco me importa.
O amor não existe.
Somente uma porradaria de quimicos, hormonas, feromonas. Merdas que nos querem fazer ver a vida de forma positiva.
Olhar outro alguem nos olhos, sem pensar nos males da humanidade, acho que deus quer isso.
Talvez tenha sido deus quem inventou isso. Mas eu não acredito em deus, fui educado como católico, aprendi muita coisa mas isso não quer dizer que o seja.
Enfim...
Ela é linda.
Fica para outro dia...pode ser que eu mude...agora não consigo acreditar.



(Esta carta não é para ti, nem para ela, nem para ele. Não o mereces. Não o merecem. Que merda... nem eu a mereço.)

"I want the exact same thing... but different." - Recoil - Want

Fica para outro dia.

Mitgefühl

domingo, 15 de julho de 2007

Apeteceu-me só isso...

































Foi sempre uma questão de apetecer...




Mitgefühl

sexta-feira, 13 de julho de 2007

2 consciencias online

Consciência 1 diz: Nunca a esqueceste pois não?
Consciencia2 diz: Ainda hoje sonhei com ela.
C1 diz: Sera que ela merece?
C2 diz: pá.. parece que nao mas os sonhos levam-me a pensar que lhe devo dar um oportunidade, Todas as noites sonho com ela.
Desde há muito tempo...so de vez em quando nao sonho... Isto sim é paixão! Mas impossivel..
C1 diz: e ela sabe?
C2 diz: Soube desde que..se afastou de mim...e foi viver para Longe esqueceu acho eu!
C1 diz: e tu nunca mais encontraste mais nenhuma?
C2 diz: nop....
C1 diz:e agr vem a pergunta pertinente: alguem diferente e não igual...
C2 diz: Não..consigo..cada vez que me aproximo de alguém é como se essa pessoa se parecesse com ela em determinadas atitudes e maneiras de ver as coisas
( ainda que nao ache corretas muitas) mas depois... perde-se o encanto porque foi confusão da minha parte, quem sabe um dia...
C1 diz: Confusão da tua parte?
C2 diz: Sim....porque me aproximo de alguém..que tem atitudes ou algo parecido..parecendo assim que fico mais perto dela.
Mesmo nao sendo ela...entendes..? Mas depois, no final de contas, não passou de uma confusão....
C1 diz: Eu acho k isso vem da nossa cabeça
C2 diz: ...ou ilusão é um facto mas nao consigo tirar isso da minha cabeça assim tao facilmente.
C1 diz: Nós admirámos tanto akela pessoa que a gravámos na cabeça
C2 diz: Ya, tal e qual..é como se fosse...unica...
C1 diz: massss....não é
C2 diz: lá está! Mas até aparecer esse MAS inda muita sangue terá que correr
C1 diz: Esse mas aparece knd tu kiseres
C2 diz: Não..
nao é quando tu quiseres. Tu se há coisa que não consegues domar é a tua cabeça, é um mecanismo autonomo...ainda que ligado a todo o teu corpo..comanda-te faz-te sonhar..
Nas alturas em que tu te começas a afastar ou a esquecer e Puff voltas ao mesmo
C1 diz:Não, nós ficamos sempre fixados naquela pessoa por a conhecermos em demasia, ou pensarmos que conhecemos
C2 diz: Eu consigo dominar muita coisa mas o meu sentimento por ela..é impossível...
C1 diz:Nós é que pensamos que aquela rapariga que nos marcou tanto a nossa adolescencia será a rapariga modelo, senão a rapariga que nós...
queremos mas... somos novos demais.
C2 diz:é um facto e na verdade o que lhe costumo chamar,,
Rapariga Modelo
C1 diz:Vamos conhecer varias pessoas que nos vao levar a olhar pa trás e rir do que nós axávamos ser uma coisa simplesmente infantil.
Sendo assim tenho duas raparigas modelo, ainda ontem bebi café com uma delas e... ainda senti algo no estomago.
E ainda hoje vi uma delas e senti algo no estomago.
C2 diz: eu vi a em Dezembro...
e fugi...
lol
C1 diz:não porque goste dela como é akela coisa da paixão que os filmes nos querem fazer perceber mas sim pk ela fez tanto parte da nossa cabeça que a realidade não e coisa que queiramos misturar...
é estupido
C2 diz:ya...
C1 diz:Ela estava ali.... olhando pa mim como sempre olhou, indiferença, mas eu nao.
Muita coisa passada.
C2 diz:pois..
eu não falo com a ela desde o dia 29 de Novembro.[ há 8 meses ] dia dos anos dela... tenho medo de tentar falar com ela.. eu prefiro pensar que a indeferença dela.. é algo bom.. é saudavel.. do que tentar meter conversa e acabar feridocom algo que ela diz.
C1 diz:Sabes de tudo o que ela me fez não sabes?
C2 diz:ya
C1 diz:Isso para mim, lol magoa sempre que penso nisso
C2 diz:pois..
C1 diz:Mesmo bué... dá vontade de a magoar a triplicar, ainda ontem falei com um amigo e ele disse exactamente a mesma coisa.
podemos dar quecas com outras, sem pensar na modelo.
C2 diz:lá está
mas mais tarde ela vai vir sempre é tona
C1 diz: mas no fim, acabamos por apanhar sempre pensamentos de uma ou de outra, e quando estamos com outras pessoas e relembramos o passado, ficamos sem vontade de ter as do presente.
lol...tudo por um momento feliz do passado.
que clichê
C2 diz:lol
lá está e hoje sinto-me feliz pelo passado mas amanha não sei talvez esteja na merda
Lol
C1 diz:A solução?
C2 diz: Morrer...Lol
C1 diz:Deixar de pensar que acreditamos na rapariga modelo, porque não acreditamos
C2 diz:Sabes eu sonhei a semana passada que ela tinha acabado a relação que estava a ter e não é que acabou mesmo...!
lol
Isso deixou-me feliz...obviamente..mas ao mesmo tempo...
mal..
C1 diz: mal?
C2 diz: por que ela nao me disse nada nem veio falar cmg
C1 diz: e porque iria?
C2 diz: não sei... mas podia fazê-lo
C1 diz: mas porque? se vocês não se falam há séculos
C2 diz: pá
e porque e que tivemos que deixar de falar?
C1 diz: Porque a certo ponto ela segue para um lado e tu para outro. Nada que nao saibas
C2 diz: SIM
mas pk me dizes isso assim?
Não quero saber do caminho que cada um segue
queria...
C1 diz: A certo ponto tu tornaste um chato que anda atrás dela e ela nao quer
C2 diz: que ela estivesse
C1 diz: o que te leva a crer que ela te quer?
C2 diz: sempre do meu lado não tou a dizer que ela me quer so quero que ela me queira cmg amigo... fodasse, mais nada!
C1 diz: eu tou a perguntar porque pensas que ela te poderá querer?
C2 diz: isso...
C1 diz: oh pff mais sabemos os dois que o amigo não significa nada
C2 diz: ...não sei.. pá a mim deixava-me mais sereno mais preenchido
C1 diz: Não deixava nada sê lá realista
C2 diz: Fodasse não me digas isso caralho.
C1 diz: lol tou a dizer isto porque eu passei por isso, tentar ser amigo, a certo ponto eu sou aquele gajo que mete conversa so por meter, so por querer falar com ela.
C2 diz: eu tbm quero ser assim... e era assim..
C1 diz: eu tbm quero ser assim... ?
C2 diz: meter conversa so por meter...mas receber umas palavras em troca e sentir-me bem,mais nada ,odasse e eu nao era chato
C1 diz: pa a certo ponto acabas por a principio... conversam e a conversa flui mas a certo ponto... tu metes conversa...por meter...nãonotas... mas és tu o chato tou-te a dizer isto... só pa nao passares pelo mesmo que eu.
C2 diz: andei a ser chato durante 3 anos..então
C1 diz: mas falas com ela?
C2 diz: porque no primeiro ano tudo ia bem. vá dois anos chatos, dois anos bons
C1 diz: E depois?
C2 diz: depois...so me apetece morrer
C1 diz: mas deixaram de se falar?
C2 diz: neste momento...sim ela deixou de me falar desde Novembro
C1 diz: por alguma razão aparente?
C2 diz: Quando começou a namorar talvez....
C1 diz: Ora.. ela deve ter apanhado mais namorados pelo caminho nesse tempo todo n?
C2 diz: nao sei nem quero saber.
C1 diz: Elas tambem têm os seus rapazes modelo que não esquecem sabes?
C2 diz: Não quero saber, Eu amo caralho e ponto final..e hei-de gostar por mais uns valentes anos. Mesmo que não seja o mais certo..
C1 diz: Vê la não saias magoado
C2 diz: Mesmo que ela não me ame.. nem volte a falar cmg. Eu já saio magoado há muito tempo, há dias em que aguento, outros não.
C1 diz: Eu tornei-me céptico vê la nao fiques assim
C2 diz: lol..hoje tou feliz..o sonho foi bom...
C1 diz:
=)
uma coisa tiramos certa...graças a elas crescemos...

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Dreamgirl



A primeira vez que te vi, comecei por te odiar...


" Oh miúdo chato, deixa-a lá que eu preciso de falar com ela vai lá dar uma volta..."
Foi uma longa temporada de inverno a odiar-te e a desprezar-te para que na primavera, depois de saíres de uma explicação acompanhada por um amigo meu e me pedires um filipino, ao mesmo tempo que falávamos na suposta vinda de Godsmack ao Super Bock Super Rock de 2004 e eis que chegamos a Glassjaw....para te passar ver de uma outra forma começando a deixar de te odiar e começava a entender essa tua personalidade...mas eras apenas mais uma conhecida!

" Quem és tu pá?"
" Sou uma pita do liceu que te acha interessante, e que quer curtir contigo"

Depois de me adicionares ao Msn, esta foi a maneira como,e pela primeira vez, gozas-te comigo...
E partir daqui a nossa amizade cresceu, e cresceu...tardes em tua casa, naquele quarto desarumado, fios de computador para um lado, roupa para o outro,folhas com matéria para o exame de história debaixo da cama, um verdadeiro bunquer...com a janela aberta para aquela bonita praçeta!
Foi um verão e pêras....

Mas lá entras tu para a universidade e aos poucos desapareces da minha vida....
Foram muitas as vezes em que nos zangá-mos, acabando por mais tarde querer-me afastar de ti..
e numa noite de Bar U.E. lá estavas tu...obrigaste-me a ouvir-te dizer que eu era um parvo e que gostavas de mim como amiga... e eu abracei-te nesse mesmo momento, e reconheci a atitude meio infantil, que tivera tomado.
Pedi-te perdão!

Chega a minha vez de ir para a faculdade...e de ti leio uma das piores frases da minha vida...
" Tens de compreender que as nossas vidas são incompatíveis"
Dei-te o parabéns, tempos mais tarde...e nem um obrigado..
Eu fiz anos, e de não recebi nada...
aliás recebi, desprezo!


Como podes tu um dia interessar-te como vai a minha vida e no outro não quereres saber nada..?
Como pode a nossas amizade ter acabado sem que eu saiba, sem que me tenhas explicado os motivos pelo qual não queres mais manter a nossa amizade?


Tornaste-te em algo que eu temia!

..És fraca e apesar dessa tua postura forte, e fria mais tarde ou mais cedo vais vir ter comigo, vais vir falar comigo porque precisarás de mim, como acontece das outras vezes, mais que não seja porque nessa altura não tens ninguém com quem falar....
Eu não te vou recusar esse bela conversa..

Não sei se me fazes bem ou mal, certo é que tu me conseguiste transformar e por isso mesmo fico-te agradecido, pois decerto que não voltarei a amar ninguém desta forma, ou então a ser amigo de alguém como era teu...
Hoje tenho medo..
Tornei-me insensível...
Desconfiado...
Por vezes arrogante
Mas consegui manter a minha humildade, coisa que tu nunca conseguirás ser..

Miúda, desejo-te tudo de Bom
Dentro em brave iremos voltar a falar.....


by.X.Y.U

domingo, 17 de junho de 2007

(im)perfeito

Foi de lá que eu vi....
Não nasci no mundo perfeito,
mas também não era assim!
Aqui não há perdão...
muitos menos compaixão ou união!
Compreensão?
Neste mundo é outro " se não"!
Pisamos o próximo, magoamos o mais chegado...
não existe meio-termo pois,
tudo se resume ao pecado!
Onde vim eu parar?
a um mundo...
onde o desprezo é ementa principal..
e a auto-suficienciência a arma fulcral!

By: X.Y.U

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Disap...pear

Petrificou!

Bastou uma simples lufada de ar fresco...
..um gélido vento, uma nortada bem desagradável!

Petrificou!
Vai, corre..pega na arma e dispara!

Ficou feito num oito...

Coração doente, que petrifica...
leva tiro...
nada fica!

Desaparece....
Desapare......
desapa......
de.....

O vento encarrega-se do resto!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O Findar de um longo Palpitar

Anseio pelo o dia em que irei acordar
e nada de ti...
restar!

Anseio pela manhã em que o sol, não me irá fazer lembrar..
a tua linda cara...
que até hoje não me deixa descansar!

Desejo todos os dias que a noite chegue bem rápido...
para então adormecer...
mas esse teu poder....
só me faz temer!

Ocupaste um lugar,
mesmo sem intuito de..
acabou por me magoar!

Magoa essa tua indiferença,
não podias jamais
ter apagado
a minha presença.

O lugar que a mim poderia pertencer,
outro alguém se encarregou
de aquecer...

O lugar que a mim poderia pertencer,
por outro alguém
tu o deixas-te preencher!

Mas, após todos estes anos....

O meu coração deixará de palpitar,
e assim...
finalmente
deixarei de te amar...!

" Difficult not to feel a little bit disappointed and passed over"
a perfect circle

terça-feira, 12 de junho de 2007

Quem é aquele?

(O meu velho amigo de escola veio-me visitar na minha vila mãe e ficou espantado com a diferença de mentalidades entre a sua terra e a minha.)
-Que se passa nesta cidade? Eu vim de fora e fui atravessado por olhares desconfiados, mandaram-me embora ninguém confia em forasteiros ja vi, mas até às pessoas da vila não pertence a confiança. As pessoas não confiam umas nas outras, ninguém deixa fiado, niguém empresta dinheiro, todos desconfiam dos outros, cada um fecha a porta a sete chaves, até tu meu amigo desconfias de mim mesmo convidando-me a tua casa.
-É um costume entranhado em todos nós, experiência da vida, lamento é um habito que se perde fora desta vila, mas que se ganha voltando ás raízes, digamos que...aprendemos da pior maneira.
-Aprenderam a não confiar em ninguém? Crianças que duvidam dos pais, homens que duvidam das mulheres, que terra é esta onde cada um dorme com um olho fechado

e outro aberto? Cada um com uma pistola ou faca na almofada, tudo de quarto trancado, não entendo.
-Há um homem que está a durmir á igreja, lá é a casa de deus é a unica que não lhe nega a protecção da chuva, a igreja, já o padre... eu levo-te lá e explico-te a história.
(Chegamos à igreja e o meu amigo vê um velho mendigo a durmir à porta da igreja, magro sem carne depois da pele, amarelado da doença e esfomeado.)

-Porque ninguém fala ao velho? Coitado ali sozinho, tenta falar com as pessoas e ninguem que passa lhe dá atenção, nem um pouco de pão, nem uma esmola,Porquê?
-É um velho escorpião, as pessoas ja tentaram confiar nele, mas ele acaba sempre por desiludi-las, ele que tente a sorte dele noutro lado, onde não o conheçam onde ele possa enganar outros.
-Mas porque não ajudar o velho tão pobre e solitário, ele ja deve ter aprendido a sua lição.
-Não acredita que não, por isso lhe chamamos um velho escorpião.
-Porque velho escorpião?
-É uma historia antiga se ta contar percebes, é a historia do escorpião e da rã:

«Arde a floresta num fogo
incêndio cru e violento,
fogem os animais em espanto
em busca de salvamento.

Correm até ao rio,
mas param na sua margem,
Quem não sabe nadar,
acaba aqui a viagem.

Um escorpião em desespero
pede ajuda à meiga rã
se ela não o socorrer
estará morto pela manhã.

"Tomas-me por parva a mim,
que te conheço de gingeira?
Antes da viagem acabar,
matas-me à tua maneira!"

"Não sou louco a tal ponto,
também gosto de viver...
Se te fizer algum mal,
também eu vou morrer"

O coração amolece
e rã, toda ternura,
dá boleia ao escorpião
e começa a aventura.

Nada a rã até ao meio
do rio que os vai salvar
sente uma picada nas costas
e não quer acreditar!

Seu corpo envenenado
vai ao poucos parando
e afunda-se nas aguas
estão-se os dois afogando!

"Oh escorpião traçoeiro,
assim vamos morrer!"
"É assim que eu sou...
E nada posso fazer"»

-Pobre velho escorpião, destinado a ser ignorado.
-É a sua natureza, quem o ajudou foi traido, roubado ou desiludido. Já ninguém sabe o que ele pode fazer de diferente, afinal, ninguém mais quer ser picado, apesar de todas as suas supostas honestas promessas, todas com destino a tentar amolecer o coração de cada um.
-Eu acredito na bondade humana, afinal de contas é só um velho com fome, que mal me pode fazer? Certamente não me vai traír, ou mentir, ou roubar eu vou ajuda-lo , afinal, ninguém morde a mão que o alimenta.
-Meu velho amigo estás á tua sorte, eu bem te avisei.

(Uns dias depois o meu amigo voltou, desiludido com a humanidade,o velho mendigo mais pele que osso roubou-o meu amigo de tudo o que tinha, mais um que havia sido picado. O meu amigo mudou-se para a vila, aqui estava entre desconfiados da raça humana.)

Mitgefühl
Versos da rã: http://activarte.blogspot.com/2005/10/o-escorpio-e-r.html

terça-feira, 5 de junho de 2007

O meu resto chão

São horas de deitar e durmir, é suposto eu agora fechar os olhos e adormecer.
Ajeito-me confortavelmente entre a almofada e os lençóis.
Como adormecer? Assim do nada? É suposto eu dormir?
Não consigo, tenho o defeito inconsciente de ser demasiado consciente.
A almofada torna-se pesada, entre pensamentos os lençóis amarrotam-se.
Não é só fechar os olhos e não pensar em nada. Por isso não se dorme tão facilmente, pelo menos sozinho...
Não existe acção ao adormecer, não existem distracções que me levem o pensamento, é suposto ficar aqui sozinho á espera que o sonho venha.
Divago, penso noutra, penso em nós, penso em tudo o que me enfrenta mentalmente, tudo o que esmaga e pressiona as têmporas para enfrentar os pensamentos .
Irrita-me não poder não pensar, talvez so ficar aqui e adormecer como qualquer um que adormece.
Não foi o Pessoa que inventou o excesso de consciente e a irritação de pensamento. Foi sim ele ( ou qualquer um dos heterónimos) quem foi capaz de expressar essa merda mental, e torna-la no papel não merda, mas um perfume que nos indica como é pensar como ele, demasiado até.
Não tenho a sua capacidade de libertar o pensamento, essa liberdade.
Apenas partilho o estúpido tormento como ele, o consciente em excesso.
Hmm.. talvez partilhe também o uso do alcool como anestesia para os pensamentos soltos por aí, guardá-los la no fundo do inconsciente, só por pouco tempo claro.
Sabe bem deixar e ficar ali a saborear a vida suspirando a felicidade alcoólica sem me importar com nada, onde um cigarro sabe a um cigarro, talvez melhor até. Não tem outras distracções.
Pior é que o alcoól nos deixa sem demasiados pensamentos, então, as pessoas tomam como desagradável fazer coisas sem pensar.
Estúpidos!
Já tenho calor, a comichão de cada gota de suor que se escapa por cada póro.
Insuportável!
Penso quando chega o sono, mas pensar não o faz chegar.
Levanto-me afastando os já lençóis quentes e amarrotados por irritações de excesso mental.
Pisando o chão frio corro no escuro procurando uma caixa de anestesiante mental.
Engulo as drageias a seco, que arranham pela garganta e esófago adentro.
Fecho os ólhos e penso quando chega o sono...
Sou eu...que respiro...
Sou eu...que sinto...
A cabeça está pesada...
e...
Leve...
Já não penso?
hmm... que paz.
É tão bom ter sonhos como paradoxo! É bom poder durmir sem pensar em...tudo..
hmm...doce soporífero...
O meu ópio...
O meu resto chão.

Mitgefühl

segunda-feira, 21 de maio de 2007

1 café


A ruiva entra sabe-se lá de onde.
(Ruiva) Então de que falam vocês?
(Acastanhado) Falamos sobre algo que tem afectado a mente deste nosso amigo.
(Eu) Sim são problemas que me aparecem quando estou com uma pessoa recente fico a pensar se não será isto que ela está a fazer melhor que a anterior, Será

que ela gosta tanto disto como da outra? Se lhe devo tocar da mesma forma que a outra?
(R) Ó...vocês rapazes...
(A) O quê tudo não fazes isso?
(R) Eu por exemplo reparo que metes-te a pensar ou...hesitar quando estamos intímos, Provavelmente andas a petiscar por fora com alguma Morena...ou até

talvez Loira...(bebeu um pouco de café e riu-se...)
(A) Loiras e Morenas á parte... Estava a explicar-lhe que todos nós eventualmente pensamos numa pessoa quando estamos com ela, Mas tudo isso tem um certo

propósito, Tem o propósito de termos aprendido algo, O propósito de sabermos o que fazemos baseando-nos em algo por que ja passamos.
(R) Não estou de acordo, Tu passas-te por muito, Sentiste-me muita coisa, E eventualmente podes pensar nesta ou naquela pessoa quando estás comigo,

Mas...Quando estás comigo deves estar concentrado naquilo que estás a fazer, Na maneira como me tocas na maneira como me olhas enfim...Tu deves tomar atenção

áquilo que sentes para comigo.
(A) Tens uma certa razão.
(EU) Mas tendo em conta aquilo que ele disse...Para que serviu aquilo porque ja passámos?
(R) Basicamente serviu para agires sem hesitares, Para actuares ja sabendo, Tu depois de aprenderes a andar não pensas sobre isso.
(EU) Então e o desconfiar de outra pessoa? Dar-lhe confiança? Deixar de confiar nela... Quando ela faz isto... Lembro-me da outra...Porquê?
(R) Tu so te podes lembrar da outra porque tens medo que te aconteça... Se agires descontraido sem pensar no passado actuando para com o presente, Vais ver

que tudo aquilo porque tas a passar presentemente te vai fazer esquecer o passado.
(A) Quer dizer então que todo o empirismo dele não serve para nada?
(R) Serve... mas ele vem instintivamente.
(Eu) Qual é o meu papel no meio disto tudo?
(R) O teu papel é olhar para ela como olhas para qualquer um, para ele... ou..para mim...seja quem for.. Olhas um café e sabes que é um café, Não vais pensar

que devido a todos os cafés anteriores com falta de açucar ou com que te queimas-te este vai ser igual.
(Eu) Humm...
(R) Entendes agora?
...
...
...
Acendi um cigarro acordando desta conversa sozinho...
E reparo em mim que tenho o café frio...de tanto tempo olhando-o hesitando.
Olho em roda...
Atrás de mim a televisão com os mesmos videoclips de sempre...
Á porta vem esta rapariga que espero...
Decido olhar para ela...
Olho...simplesmente isso!
Ela acena-me e dirige-se ao balcão, pede um café enquanto ajeita o seu cabelo ruivo por trás da maquina dos cafés.

Equanto isso olho para ela...
E penso...Tenho que arranjar consciencias um pouco mais simplistas...e...talvez com um pouco mais de pontuação

domingo, 20 de maio de 2007

2 Cafés

Equanto o meu amigo vai buscar os cafés, fico a olhar em minha roda neste snack bar cheio de gente.Há dias que não nos viamos e estavamos os dois já desejosos de ter uma boa conversa entre cafés e cigarros.
Ele está a pedir o café ao balcão de costas voltadas para mim, enquanto ele espera que o café seja tirado admira o seu pentiado acastanhado verificando alguma falha fora do comum, tudo isto é observado por ele no espelho que está do outro lado do balcão. Quanto a mim, viro-lhe as costas habituado ao seu excesso de zelo pelo pentiado e vejo o que passa na televisão, são só videoclips que passam num canal de musica que tantas vezes repete por aqui.

Ele chega com os dois cafés, um em cada mão, deixa-os com cuidado e confiança em cima da mesa e cada um acende um cigarro.
Eu acendo a minha marca sempre predilecta, e ele o tabaco mais barato que lhe satisfaz o vício.

Então conta-me la, diz o cabelo acastanhado meu amigo.
Pá, não sei, diz-me tu.
Porra disses-te que querias beber um café e deixei de ir ter com a morena pa vir aqui ter contigo.
Sim tens razão, sabes como é...Tu entre tantas namoradas nunca... pensaste noutra enquato estavas com outras?
Sim claro...Ri-se mexendo o cabelo.
Mas não te faz impressão estares com uma gaja de quem gostes e pensares noutra que não gostas ou doutra de quem gostaste mais?
Estás a espera do quê?
Eu estou á espera de estar com uma gaja e sentir-me bem com ela e estar a pensar nela. Não estou para estar a pensar noutra a quem fiz isto ou a quem fiz aquilo.
Queres então dizer que enquanto estás agora esta, pensas na outra já de há tanto tempo?
Sim isso acontece-me um bocado, são os beijos os olhares as conversas o toque...
Entendo-te...
Entendes?
Sim claro, mas se estás à espera de esquecer aquela ou a outra então bem podes limpar as mãos á parede.
Então? Porquê? Não me digas que enquanto estás em cima da morena pensas na loira? Ou...na conversa que tiveste com a tua ex?
Claro...
Pá mas como consegues?
É assim... Todas as conversas que tive com a minha ex a loira a morena e a ruiva...
A ruiva?
Sim é recente depois conto..
Ok...
Todas as conversas que tive com a minha ex o sexo o toque tudo isso me marcou, Cada uma foi diferente cada uma é especial, Por exemplo ao estar com a loira lembro-me de algumas coisas da morena porque a morena ensinou-me algumas coisas, como porexemplo...Sei lá...um tocar diferente.
Pá tu és diferente de mim...eu queria esquecer a minha ex não pensar nela e pensar na gaja com que estou agora.
Desiste não consegues.
Porque dizes isso?
Vê o caso da tua ex-ex.
Que tem?
Tu andaste muito mal depois daqueles "acidentes", provocados por ti, aqueles que acabaram o fim da vossa relação.
Sim e?
Então... na tua recente ex, Tu esqueceste-te daquilo que havias feito? Esqueceste-te de tudo o que tinhas feito á velha ex?
Claro que não.
Porque não?
Para não voltar a fazer o mesmo, não me voltar a sentir mal nem nada.
Então entendes agora?
Hum...Estou a ver.
Mas com as recentes raparigas? Porque queres evitar lembrar-te das velhas conversas? Porquê evitar lembrar as velhas conversas o toque o sexo e o quer que te faça lembrar as ex's da tua recente aventura?
Eu tenho algumas lembranças más... não sei, é me difícil poder confiar nesta sem pensar em tudo o que que passei com todas as outras, as más lembranças entendes?
Entendo. Então e já pensaste que se te esqueceres de não confiar nesta podes voltar a ser enganado de novo? Ja pensaste que tudo aquilo que passaste mesmo o mal e tudo isso.. apesar de mau seja uma forma de teres de enfrentar o futuro com confiança empiríca?
Olha aquela ruiva a olhar para nós...Conheces?
Sim é a minha ruiva, Espero que não te importes vem ter conosco...