terça-feira, 2 de outubro de 2007

O maior pecado



Fora de um mundo de luzes psicadélicas, copos perdidos, olhares mal olhádos, fumos de cigarros, bebedeiras mal lembradas, desejo improvisado por sensações enganadas.
Fora do mundo espontâneo, de quecas mal dadas, de fodas bem conseguidas, de curtes aleijadas, de beijos ressacados, sem direcção em frente, uma visão mal formada de alcool turvada, hà quecas e sexo de filrts sem sabor.
Fora de um mundo de desconhecidos intimos sem arrepios.

Existe o mundo do toque.
O mundo de calçadas molhadas pela chuva quente, quartos pequenos iluminados por luzes amarelas, o mundo do toque existe, tem chuva e é quente.
O mundo onde aquele abraço bem apertado entre os dois aquece o coração ao encostar os dois corpos por um abraço. O toque suave dos dedos, o passar delicadamente o dedo indicador pela palma da mão... arrepia.
O toque dos meus lábios nos teus aquece-me.
O falar por entre beijos torna o mundo diferente.
Um beijo no pescoço trás o desmaio dos céus.
O sentir da respiração um do outro.
Olharmo-nos nos ólhos e sentir felicidade.
O mundo debaixo de lençóis numa manhã de inverno fria, é quente. Lá fora neva, mas ca dentro neste mundo bem amado, os lençóis fervem aquecidos pelo toque da pele nua.
A suavidade da pele quente faz um de dia inverno, verão.
Os olhares profundos por entre respiração forte.
Os gemidos levemente soltados fazem sentir o sabor do sentimento.
O calor do bom saber e gostar de ti, amar-te.
A mais alta vontade e demonstração do sexo/amor, é a partilha da carne entre dois seres.
Eu dentro de ti e tu em mim juntos inseparaveis na mesma casa, no mesmo quarto sozinhos no mundo.
Dois corpos separados fisicamente pelas leis, unem-se num momento solitário do resto dos outros mundos. O apógeu da vontade entre os dois, a pinga do suor a escorrer pelas tuas curvas nuas e sombreadas pela luz mal iluminada.
As nossas conversas de olhos nos olhos na mesma almofada, partilhando o calor da nossa transpiração, respiramos juntos, um sobre o outro por entre gestos repetidos e saborosos, não existem tabus, muito menos vergonha.
Os arranhões das tuas unhas nas minhas costas.
As minhas dentadas em ti.
A nossa cumplicidade isolada sem ninguém saber só para nós dois.
A pouca á vontade foi-se no primeiro toque.
A consciencia so volta no cigarro do depois ser fumado.
É tudo partilhado entre nós, sem pensamentos, simplesmente sentido.

O sexo péca.
Tem o maior pecado de não ter sempre o sabor do amor.

Mitghefull

2 comentários:

Eleanor Rigby disse...

sem saber o que é o amargo, nunca saberás quão doce pode ser o doce...

mt bom texto=*

Clau disse...

Curiosamente a "minha" banda sonora faz pandan com as tuas palavras.

Porque so se encontra quando se procura. Nao nos podemos vender, temos que nos fazer comprar. É diferente. E é ai também que se saboreia a felicidade.