terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sair de casa e meter as mãos nos bolsos, encontrar um bola de neve, um isqueiro e um maço de tabaco, bato com as mãos no rabo e encontro um bolso vazio, no casaco não há bolsos, e o passeio desenrola-se com uma paz simples, para onde vou não sei, não sei que horas são, e ninguém sabe para onde vou, e onde vou estar.
Qualquer pessoa que telefone para o telemóvel encontra uma senhora simpática em gravação, ninguém sabe que vou passear ao monte, como faziam meus familiares com a minha idade, mas não era passeio, eles deslocavam-se à vila sozinhos ou de burro, e hoje não há muitos burros por ai dispostos a emprestarem os costados para um "deslocamento", devia ser assim, sem ondas digitais a atrapalharem a vida analógica, simples.
No tempo livre inventam-se coisas para se fazer, não se usa o inventado.
Inventa-se o passeio como antigamente, e a sensação é de liberdade.
Sou eu sozinho no mundo.
Invenções, invenções...
Nada de novo no mundo, são só invenções...
Já estás a inventar

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