quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sombra

Tenho ideia de estar morto hà algum tempo.
Que percebo estar por aí percebo,
sem olhar quem presente não larga o olhar.
Tenho noção de que morri hà não muito,
E de que sou relembrado sem muito.

Que destino se cruza por vida viva com frases mortas sem surdo ficar?
Pelos suspiros da morta língua, que amava, e hoje...
jaze esquecida.
Morri com vagar na viagem ao outrora de sacrificar o sentido.
Se morri morri.
Sem ideia de não me olhares
nos vivos olhos
que ficaram em tua vida.

2 comentários:

" disse...

pq és hoje assim? (sim, uma duvida que se intromete na tua vida)

(depois de ler 'a minha confissão a Lúcio', maior a minha interrogação)

" disse...

"...assim éramos nós obscuramente dois, nenhum de nos sabendo bem se o outro não era ele-próprio, se o incerto outro viveria"
Na Floresta do Alheamento. Pessoa.