quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Perdi-te

Perdi-te,
oh sim perdi,
a alma, minha alma.
Aquela dor, a mais temida,
hoje se lamenta como esquecida.

Vais e amas,
sentes e beijas.

Respiras por liberdade.
Sentes o querer
Do Minotauro te libertas,
hoje és dona de ti.
Livre.
Tu, que sempre de labirinto atrás,
trazes hoje o viver de frente,
vives contente.

Quem sente não mente,
Não raciocina ou chora.

Temos agora já tarde o nosso amor em demora.

Tanto fomos,
que hoje não somos.

A cada galho um novo fruto,
nova semente,
pelas que secaram se enraíze uma nova.

Nunca tememos o medo que era não sermos
Amo-te como sempre amei o que nunca tive.

Faz de ti nova rainha e rei,
Nova vida que passou,
o que te dei e nunca em viver nos alcançou.

Ama e sente,
já que sem ver,
nos apareceu a vida pela frente.

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