sábado, 28 de julho de 2007

Os espelhos também mentem

A alma alojou-se no corpo.

É desta forma que nos tornamos humanos, por vezes desumanos.

O corpo é o dogma, a película envolvente do nosso verdadeiro ser, ou, do derradeiro eu, uma “verdade” palpável e bem visível, que nos confere uma forma pouco representativa da matéria que está agarrada ás nossas entranhas.

A alma coordena, o corpo é o objecto desrespeitado

Majestoso, imperioso, o “forte” onde se esconde a verdade e a abominação, onde o pecado é gravado e onde o Homem é totalmente desrespeitado.

A iluminação do ser reside na alma, o corpo é a mera demonstração, a reles representação, o verdadeiro instrumento da tentação, onde os mais recalcados desejos são saciados.

E eu tenho as marcas, e deixo as minhas.

Eu sou mais um pecador.


by: X.Y.U

3 comentários:

Eleanor Rigby disse...

és tu e somos todos, pecadores!

usamos o corpo para saciar a alma, e que mal tem? nenhum! eu não o encontro. Pelos vistos sou pecadora sem vergonha de o ser.


adorei o texto*

Ana Margarida Cinza disse...

bom texto

bons pensamentos

boas analogias

bem-vindo ao clube dos pecadores assumidos :P

João disse...

"tá brutal, merecias escrever um livro"...

agora que já escrevi o que me pediste:

e não somos nós um amontoado de marcas de todo o mundo em conjunto com as nossas marcas pessoais? acho que é isso que nos move, tentar vincar as nossas marcas pessoais.
O pecado é apenas uma limitação...

abraço