terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Actos

II

Equiparo-te ás manhãs de Inverno. Ás quais minha pele não resiste…

… manhas que me estilhaçam os ossos

gelados

que me perturbam a corrente sanguínea.

Em tempos, chegavas-me á memória…

e abraça-te

a ausência!

Hoje, apanho dos chão

os estilhaços…

e leio nas mãos os golpes..

III

Já não servem de nada as velhas pernas,

Surjo, lentamente…

por entre vós.

Tentando desenfreado percorrer o [vosso] mesmo

caminho insípido..

Vou-me perder no inóspito…

Vou-me fazer

de vós

Reajustado ao modelo,

desregulado…!


Aproximo meus olhos

do que vêem os vossos…


sem nunca deixar de me escapar

á negra luz…


sem nunca esquecer o

meu lôbrego forte…

dou-me a vós, sim!

Hoje…

por breves instantes dar-me-ei a vós…

buscando fogo,

[ para me incinerar]

buscando tormentos

que


façam do Inverno,


Inferno!





By: Xyu

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