II
Equiparo-te ás manhãs de Inverno. Ás quais minha pele não resiste…
… manhas que me estilhaçam os ossos
gelados
que me perturbam a corrente sanguínea.
Em tempos, chegavas-me á memória…
e abraça-te
a ausência!
Hoje, apanho dos chão
os estilhaços…
e leio nas mãos os golpes..
III
Já não servem de nada as velhas pernas,
Surjo, lentamente…
por entre vós.
Tentando desenfreado percorrer o [vosso] mesmo
caminho insípido..
Vou-me perder no inóspito…
Vou-me fazer
de vós
Reajustado ao modelo,
desregulado…!
Aproximo meus olhos
do que vêem os vossos…
sem nunca deixar de me escapar
á negra luz…
sem nunca esquecer o
meu lôbrego forte…
dou-me a vós, sim!
Hoje…
por breves instantes dar-me-ei a vós…
buscando fogo,
[ para me incinerar]
buscando tormentos
que
façam do Inverno,
Inferno!
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