terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Viagem Cerebral

Não, desta vez não estou perdido.

Decidi apenas mergulhar,
deixei-me levar pela tempestade. Na Crueldade.

Decidi hoje, caminhar ao diante, ser parte integrante do remoinho. E remoer.

Decidi, sim!

Hoje não existem "bons portos",
confinada ao conceito de ideia utópica a bonança!

Nesta gigante condição de bicho-terra,
na pequenez do meu ser,
fibra de uma fibra de um outro tempo,
fibra de tempo em que a fibra, não era apenas fibra...mas sim a Fibra.

Hoje. Decidi voltar a ser fibra de fibra, de uma fibra de outrora.

Decidi paralisar o olhar,
no [meu] alvo. E seguir na tempestade.

Sim!
Eu vou na tempestade.


Não tardará muito o meu regresso.

By: Xyu

2 comentários:

Eleanor Rigby disse...

desde que voltes o Celso que eu conheço...vai sempre que quiseres, mas nunca te esqueças é de voltar:)

T.Poeta disse...

São muitas as vezes em que um momento é quanto baste para nos fazermos desaparecer. Ou

por vontade própria. Ou porque somos anestesiados e levados a isso. Até porque, e porque sim, somos um grande vazio de todas as vezes em que alvejamos o limite à beira do nada - esse infinito.

Na verdade, e sem descaracterizar todos os silogismos, as antíteses ou os paradigmas da tua híbrida escrita

há em ti algo de nómada. De ida e volta. De partida e de chegada.

São as palavras que te dominam o pulso e é através delas que és tudo quanto vives e sentes, em «olvido continuum».

Não te esqueças: Um caminho sem passado não é o mesmo que um tempo absurdo de voltas e passos seguidos de retorno.

Bem como uma linha que se estende sob o percurso, não traduz necessariamente uma meta.

O teu objectivo: Estar. Seja aqui ou acolá. Perto ou longe, distantemente, em algum lugar nenhum.

Aqui termino, com o meu simples abraço e no posfácio verbal: Faz uma boa viagem (sem receio do que isto significa.)

Estarei sempre de braços abertos para te receber. Para o teu regressar.



T. Poeta