quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Linha do destino

Encontro-me completamente sozinho.
Só perante a luz das estrelas, caminho na noite isolado pelo frio, isolado nas minhas poucas roupas. Mãos nos bolsos, luvas sem dedos que me impedem de gelar completamente as mãos, cachecol enrolado até ás orelhas.
Delicio-me com o frio tremo e aprecio o meu próprio calor é ele que me relembra o estar vivo, o vapor dos meus pulmões solta-se por entre expirações.
Não ha nada que se veja á minha frente, excepto nevoeiro e trevas, mas la em cima nas estrelas vejo o infinito do vazio, vejo o limite do infinito através das luzes que polvilham o céu.
Curiosamente não me sinto sozinho a observar o céu, sozinho com o meu frio, rodeado de estrelas.
Num momento vindo do nunca, vejo uma estrela cadente riscar o céu do cima ao horizonte, este momento dura anos, séculos, ou talvez segundos para o comum dos mortais. Para mim demorou toda a eternidade, e no riscar deste céu por uma luz brilhante, só tive tempo de desejar uma coisa.
Uma coisa pensei em alto dentro da mente na minha hipocrisia, outra coisa sussurrou o coração para desejar-te em algo mais...

"-Para sempre dizes tu?
-Porque não para sempre?
-Não sei para sempre, mas agora sim."

...E então lembrei-me...
o tempo não é para sempre? Então talvez seja para sempre o meu desejo de eu algum dia no sempre da minha vida ter sido feliz, se aquela luz no meio do universo veio só pa me iluminar e fazer-me desejar o que é ser feliz.
Talvez não no agora, talvez não no que serei, mas eu fui feliz, e essa estrela que caía lembrou-me da felicidade e no tempo do sempre infinito, passado, presente, futuro...
Foi o meu desejo, agora, da minha felicidade para um tempo.
Eu acertei no passado.

Mitghefüll

1 comentário:

LGP disse...

Epa, cm m pediste um comment, eu ponho esta linhazita aqui so pa parecer bem.

P.S. não li o post, n m atrevi

LGP