quinta-feira, 3 de maio de 2007

" Água & Vida: O Paralelismo "

Já alguma vez experimentaram, enquanto tomam banho ou lavam as mãos, tentar “agarrar”, se assim se pode dizer, uma certa quantidade de água e mantê-la na mão durante algum tempo?
Resultado: conseguem, mas em escassos segundos na vossa mão não restara nada mais do que umas meras gotas de água, ou como nos costumamos dizer, fica apenas molhada. Ora bem, isto que não vos pareça estranho, mas eu faço isto com alguma frequência, quando acordo num daqueles dias em que se calhar o melhor era continuar adormecido até que este chegasse ao fim.
Não se trata de uma filosofia, de uma crença, pois aqui decidiu-se mostrar a outros aquilo que nos vai na cabeça, por mais disparatado que seja, são os nossos pensamentos, ligados ás coisas mais absurdas, que tratam de nos dar uma luz para que nós possamos escrever e agradar a alguns, ou quiçá a todos.
Continuando, num daqueles dias pois são esses dias que nos fazem pensar, e ir um pouco mais além nos nossos pensamentos. Dai que enquanto lavo as mãos ou tomo banho e deixo escapar a água da mão, me pergunto a mim mesmo: Não estarás tu a deixar escapar a tua vida também?
Não, não tive nenhuma desilusão amorosa, nem mesmo problemas com os pais, ou outros do género, o problema que na verdade tenho é com este mundo, com a sociedade em que vivo, pelo menos com a camada social Portuguesa. Óbvio que a perfeição não me é característica, como a todos os outros, porque apesar ser-mos “todos diferentes, somos todos iguais”, ainda que muitos se achem únicos.
Mas onde está aqui “escapar-me a vida por entre as mãos”? Pois, ainda que me seja difícil admitir, é verdade que tem vezes que a vida me escapa, tem vezes que nem dou por ela me escapar, mas certo é que só com o passar dos anos, com o crescimento pessoal que acabei por tentar agarrar água e percebi que a minha vida tem que ser levada até ao seu limiar, mas é claro, nem tanto ou mar nem tanto à terra, e quando falo em limiar não me refiro ao significado que esta associado a esta palavra, o limite, pois morrer da "cura" é algo desajustado, quero apenas leva-la até ao meu limiar, ao que tenho estipulado como meta, sendo o primeiro prémio a satisfação pessoal, que tantos ambicionam mas que muito poucos conseguem atingir.
Em parte, mas não ainda por metade, já transporto alguma satisfação dentro de mim, mas o caminho a percorrer para atingir a total satisfação ainda é longo, mas reconheço-me como alguém capaz de o conseguir um dia, para que me seja possível educar os meus filhos, não da maneira como eu fui, mas de uma forma melhor, ainda que a minha não tenha sido má, mas como é normal toda gente quer mais e melhor para os seus. A primeira coisa que lhes vou dizer para fazer quando tiverem cerca de 18 anos, será: Enquanto estiverem a tomar banho, ou, a lavar as mãos tentem “agarrar” a água, e depois façam como que um paralelismo com a vossa vida e tentem chegar a uma conclusão. Obviamente que vou querer ouvir as suas conclusões, para que depois lhes possa dizer, “já que não o conseguem fazer com a água e ainda que seja totalmente difícil de o fazer com a vida, mas até certo ponto possível, tratem de o fazer, pois como a água também a vida é preciosa”

By: X.Y.U.

2 comentários:

Eleanor Rigby disse...

Vive a vida, sabes aproveita-la bem e tens todos os "ingredientes" para saires vitorioso desta procura de felicidade na qual a vida se baseia.

ensina mesmo isto aos teus filhos, eles vão gostar desta lição.

beijinho na testa Celso*

Ana Margarida Cinza disse...

ah, verde verde...gosto de saber que, apesar de dificil, conseguiste alcançar já um pedacinho!...

boa ideia, esta!

beijinho*